Created with flickr slideshow.

Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

Sobre o Blog / About the Blog - Link:

Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

sábado, 21 de dezembro de 2013

Blog - Apresentação/Presentation:

- Apresentação do Blog
- Blog's Presentation
(Nota: Este texto é o mesmo que está na página adicional "Sobre o Blog".
This text is the same one that's in the additional page called "About the Blog".)



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Olá, pessoALL, 
      Criei este blog (em 28/04/2011) porque quero, como vivo dizendo, bem-humorada, "brincar" de escritora, pois escrever, além de ser um dom acima de tudo, também requer aprendizado. É por essa razão que chamei o blog de Aprendizes de Escritores, apesar de não ser um lugar apenas sobre técnicas de escrita como os blogs convencionais do gênero. De qualquer modo, há aqui uma página adicional com dicas de escrita.
      É um blog através do qual acho que eu mesma aprendo a escrever, mas também o deixo à disposição de quem desejar encontrar aqui algo que lhe seja útil no próprio aprendizado. Apesar de ser experiente na minha profissão e de ter começado a escrever meus textos ainda na infância, eu sou a aprendiz de escritores aqui e espero poder passar alguma coisa através dos meus textos para outros aspirantes a escritor, nem que seja, no mínimo, o encorajamento. Um dos objetivos aqui é o de incentivar a escrita e a leitura, e escritores profissionais também são mais do que bem-vindos.

     O Aprendizes de Escritores, naturalmente, se destina também a visitantes em geral que simplesmente queiram se entreter com seu conteúdo e bom humor. 
Este blog é sem fins lucrativos, totalmente livre e descompromissado... e é uma satisfação que ele seja assim.

    Quem já visita o blog, acha-o leve e descontraído, e, quem está aparecendo para uma primeira visita, seja igualmente bem-vindo(a). Se desejar, deixe seu comentário para que eu possa lhe agradecer no "Cantinho do Visitante", que preparei especialmente para todos com agradecimentos e gifs incríveis da internet, para quem também quiser copiá-los. Deixo à disposição também meus composites, collages e scraps, espalhados pelo blog inteiro.

     
     Aqui tem um pouco de tudo, mas o destaque está na página principal, com textos meus ao estilo de artigos e crônicas. As demais páginas, com os links logo acima, no canto direito do layout do blog, são sobre assuntos variados e há, inclusive, uma página onde comento minhas traduções mais recentes e outra com dicas de tradução. O tradutor também tem muito de escritor ao traduzir, e vários deles escrevem os próprios livros.
     Escrever letras de música também pode ser uma arte, como em “Mais uma Vez” e “Stairway to Heaven”. Adoro rock, principalmente hard rock, e incluí aqui uma página sobre o Queen, que, com seu estilo variado, é a minha banda favorita e, entre outras coisas, um exemplo de composições magistrais. 
O Blog não é sobre religião, mas também contém uma página dedicada à espiritualidade, uma parte essencial da vida. Há uma outra página repleta de citações de diversos pensadores. Gosto de escrever textos bem-humorados e de dar vazão à minha veia cômica quando tenho a chance. Por diversão, faço o que chamo de “Cartões Cômicos” e os coloco numa página adicional do blog.

    A maioria das páginas está em constante mudança, com novos acréscimos, especialmente a Página Principal, onde estou sempre publicando artigos. Como espero compartilhar assuntos variados com pessoas de diversas partes do mundo, estou tornando este blog bilíngue. Por isso também o chamo de Writers' Apprentices e criei, de fato, um blog paralelo.

      O Writers’ Apprentices, além de ser uma extensão do Aprendizes de Escritores, também é um blog individual, mas de uma só página, apenas em inglês. Como costumo dizer, os blogs Aprendizes de Escritores e Writers’ Apprentices são gêmeos, mas não idênticos. Se você desejar conhecê-lo também, após sua visita aqui, o link do Writers’ Apprentices está no canto direito do layout do blog.

    Tornar o blog bilíngue leva um precioso tempo que irei administrando com o... tempo, claro! Adicionei o tradutor do Google, pois, embora eu jamais o use profissionalmente como tradutora, pois as traduções são literais demais e muitas vezes não se "encaixam", acho o recurso muito útil para que um leitor compreenda ao menos o conteúdo de um texto estrangeiro. Sem mencionar que dá acesso ao visitante do blog em todos os demais idiomas que não conheço.


     Bem, que o Aprendizes de Escritores seja um blog agradável para se visitar entre uma folguinha e outra desta nossa vida tão corrida, pois, entre uma folguinha e outra, também irei postando coisas aqui com a maior satisfação. Obrigada!
Tina Jeronymo


P.S.: Sintam-se à vontade, naturalmente, para copiar do blog imagens de domínio público da internet, caso desejem. Acho que as palavras e as imagens podem se complementar sem ofuscar umas às outras.


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Hi, Folks!

     I created the Writers’ Apprentices Blog (called Aprendizes de Escritores in Portuguese) on 04/28/2011 and, since then, I’ve been translating it to English to turn it into a bilingual blog. As I am a translator, I want it to be a blog to be shared with all people, no matter the language, or the profession.
     I’m experienced in my own profession, but I’m giving my first steps as a writer, though I’ve been writing texts since childhood, and that’s why I gave this name to my blog, because here I myself am the writers’ apprentice. I’m learning a lot while writing in the blog, but I also want to encourage and inspire other people to write. And to read. I have a real passion for books, and I think reading a lot is one of the first steps to be able to write. I also believe writing is a gift, but it can be improved in many ways, through writing techniques, life experiences, reading itself, etc.
     The Writers’ Apprentices Blog is eclectic, and I talk about several things in it, not only in the Main Page, but also in the 14 additional ones. Songwriting can also be an art, like in “Stairway to Heaven”. I love rock, specially hard rock, and I included here a page about Queen, who, with their varied style, is my favorite band and, among other things, is an example of excellence in songwriting. The blog is not about religion, but it does have a page dedicated to spirituality, an essential part of life. There's also a page with thinker's quotes. I also enjoy writing texts with sense of humor, and I let my comic side come through whenever I have the chance. So, there's an additional page here with cards I create just for fun, which I call "Comic Cards".
     Due to my romantic nature, I love to decorate the blog with lots of beautiful internet images of public domain, my composites, and collages. Feel free to copy those you want. There's a page full of incredible gifs, the Visitor's Corner, that I dedicate specially to thank visitors who let me know about their visits through comments.The whole blog has 15 pages, and there are lots of parts in Portuguese here that are already in English too, and I intend to continue translating it with time.
     As I use to say, Writers’s Apprentices and Aprendizes de Escritores are twin blogs, but not identic ones. There is also another blog that is called Writers’ Apprentices and it’s an individual blog, just in English, with only one page. It’s also an extension of the bilingual blog called Aprendizes de Escritores/Writers’ Apprentices, but it has its own touch. If you’d like to know it too, after your visit here, please enter in the link on the right corner of the blog layout.
     Naturally, Writers’ Apprentices (here and there) is destined to all visitors who want to entertain themselves with its contents, not only aspirant writers as me, and I welcome and thank you all.
Tina Jeronymo

P. S.: Feel free, naturally, to copy public domain images of the internet from the blog, if you want. I think words and images can complement themselves without outshining one another.


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O blog também está relacionado a uma página em português e inglês no Facebook chamada

 Escrita_Writing

The blog is also related to a page in Portuguese and in English in Facebook:
Link: https://www.facebook.com/EscritaWriting

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O blog também está relacionado a uma página em português e inglês no Twitter chamada

Writing_Escrita

The blog is also related to a page in Portuguese and in English in Twitter:
Link: https://twitter.com/Writing_Escrita
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Sejam também bem-vindos à página adicional deste blog, entre todas as 14, onde comento minhas traduções mais recentes, no link abaixo:
Be also welcomed to this blog's additional page, among all the 14 ones, where I comment about my recent translations, at the link: 
Para Dicas de Tradução, visite o link da página:
                                    For Translation Tips, visit the link of the additional page:                                           4 - Dicas de Tradução/ Translation Tips

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Escolhi esta imagem (de domínio público da internet) para simbolizar o blog porque, quando a vejo, imagino alguém chegando de uma maneira agradável (pois adoro andar de bicicleta) a um lugar acolhedor como uma casa, uma livraria, um café. É assim que espero que os visitantes se sintam no Blog Aprendizes de Escritores.

I’ve chosen this image (of internet public domain) to symbolize the blog because, when I see it, I imagine someone arriving in a pleasurable way (because I love to ride my bicycle) in a cozy place like a house, a book store, a café. That’s the way I hope visitors to feel in the Writers’ Apprentices Blog.                                                      tj*¬



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Mi español no es muy bueno para escribir, pero es
una lengua que estudié un poco y admiro mucho.
Hay dos páginas con frases también en español en los siguientes links:


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Link para a página adicional do Blog com DICAS DE ESCRITA:
Link to the page of the Blog with WRITING TIPS:




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Bienvenido!
    Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Gostando de Si


     Você não adora se esparramar num sofá com uma pilha de revistas sobre saúde, beleza, bem-estar, cuidados pessoais? Além de todas as dicas fundamentais sobre como valorizar o que você tem de melhor, o ponto de destaque das nossas revistas favoritas (e de muitos livros de autoajuda) é a atenção que devemos dar à nossa autoestima para mantê-la elevada. A vaidade pessoal (de mulheres e homens), na medida certa, não deve ser vista como futilidade, mas como algo importante para as relações com o mundo. Nada mais natural do que uma pessoa aprender sobre qual é a maneira mais adequada de se arrumar em cada ocasião, de acordo com seu estilo.
     Outro dia, vi uma matéria interessante na tevê sobre a pesquisa realizada por uma renomada universidade do exterior, na qual foram feitas três perguntas às entrevistadas: “Você se arruma para ficar bonita para os homens?” “Para causar a admiração/inveja das outras mulheres?” “Ou você se arruma para si mesma?” A resposta me surpreendeu de início. Foi a terceira. Na grande maioria, as mulheres se arrumam para si, para se sentirem bem consigo mesmas.
     Pensando bem, isso faz todo o sentido. De fato, temos de nos sentir bem conosco primeiro para conseguirmos, então, transmitir isso aos outros, irradiar uma confiança íntima, uma segurança, uma sensação de que estamos de bem com a nossa aparência e com o mundo. Sem mencionar que se algum dia você se matou se produzindo toda e ninguém mais viu, não importa. Você  viu como ficou bonita! Quanto a essa questão de beleza, é claro que é muito relativa. Acredito que não existe ninguém realmente feio. Todo mundo é bonito ao seu jeito, tem algo de belo na sua pessoa, em qualquer parte dela, que cativa os outros; é só deixar isso transparecer. O alto astral, a alegria de viver, o sorriso constante são capazes de produzir uma beleza contagiante. Na parte física, o que algumas pessoas precisam apenas é de um “overhauling”, como costumo dizer, bem-humorada (inclusive eu!).
     Hoje em dia, me preocupo muito mais com a saúde, com o bem-estar em si do que com beleza, como fazíamos na adolescência, cheios daqueles complexos que, com o tempo, passam e a experiência nos faz ver o que importa realmente. Mas é claro que sou vaidosa, no que considero a medida certa, bem dosada. A aparência pessoal é de suma importância no nosso dia a dia. Mas ela é um conjunto, o qual engloba todos os aspectos de uma pessoa, desde comportamento, atitude para consigo mesma e os demais, seus interesses.
     Você não precisa gastar muito para se cuidar e se arrumar, basta ter bom gosto e bom senso. Além disso, seja você homem ou mulher, busque cada vez mais a qualidade de vida, mantendo hábitos saudáveis, reservando tempo para o lazer, equilibrando a alimentação, praticando atividade física, estudando algo que tem vontade, repousando, cuidando bem do cantinho onde você vive, dando uma atenção especial a todos os seus relacionamentos com a família, com amigos e pessoas em geral, com a sua cara metade. Se estiver de bem consigo mesmo e com todos, esse contentamento transparecerá no seu semblante.
     É fundamental nos conhecermos e descobrirmos os nossos pontos fortes a fim de valorizá-los. Experimente pensar em si mesma dos pés a cabeça e ir checando item por item para saber o que pode melhorar: cabelo, sobrancelha, pele, dentes, mãos, unhas, pernas, pés. Que tal mudar o cabelo? O corte, a cor... E suas sobrancelhas, estão bem delineadas? O que mais dá para melhorar? Anda cuidando bem da sua pele? E o peso? Sei que é difícil perder os quilinhos extras, mas existem mil e um tratamentos e dicas para ajudar. Comece com uma caminhada diária para ganhar ânimo. O que mais poderia ficar melhor? Mantenha as unhas limpas, aparadas e, quando não tiver tempo para a manicure, passe você mesma um esmalte claro nas unhas das mãos e um mais escuro de sua preferência nas dos pés.
    O que mais? Está deliciosamente perfumada, hidratada, com a depilação em dia? Continue pensando em si bem do alto da cabeça até a pontinha dos pés, refletindo bastante e descobrindo tudo o que pode fazer para melhorar fisicamente e, como consequência natural, mentalmente também. Presenteie-se com um dia de spa em casa, incluindo um relaxante escalda-pés, máscara de hidratação profunda para os cabelos e o rosto.
    E depois? Aposto que você ficou com uma vontade enorme de arrancar tudo do armário, ver o que ainda cai bem ou não, doar o que não serve mais, fazer combinações de tudo o que você já tem e que favorece seu visual e acrescentar uma peça daqui e dali até chegar ao seu guarda-roupa ideal. E, em seguida, é só fazer isso com acessórios em geral, bijuterias, maquiagem. Você ficará com a autoestima elevada e será uma companhia bem mais agradável para si e para todos.
     Eu costumava olhar fotos antigas minhas e pensar: “Puxa, como eu gostaria de voltar a ser assim, mais magra, mais jovem...” Agora, isso não me incomoda nem um pouco.
    Não quero ser mais como as minhas antigas fotos. Eu sou como sou agora, após as transformações e experiências pelas quais a vida me fez passar. Sou feliz assim. E sinto imensa satisfação em ser a pessoa que sou, mas da melhor maneira que puder ser como eu mesma, em todos os sentidos.

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Cartões Cômicos

     
Ei, volte aqui! Quero só a sua máquina para tirar um selfie.

     Todos nós gostamos de ver imagens engraçadas nas redes sociais, entre outros lugares. Elas nos divertem e descontraem. O humor é essencial na vida, e gosto de escrever textos bem-humorados e de dar vazão à minha veia cômica quando tenho a chance. Com imagens de domínio público da internet, crio estes cartões como este abaixo que chamo de “Cartões Cômicos” como passatempo, por pura diversão. São ótimos para colocar no Twitter, no facebook e dão um toque descontraído aos blogs. Tenho ideias para eles a partir de imagens que vejo, ou alguma frase surge na mente e, então, procuro uma imagem de domínio público que se encaixe bem. São frases simples que surgem dos assuntos do cotidiano, nada muito elaborado e com um humor leve.

Tente tirar o meu livro de mim para ver!

Como assim? Eu sou adotado?
  
Se desejar, visite a página adicional do Blog Aprendizes de Escritores para ver mais cartões cômicos como estes (em português/inglês), no seguinte link:

If you’d like, visit Aprendizes de Escritores/Writers’ Apprentices Blog’s additional page to see more comic cards like these ones also in English and the text above in English too, at this link.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Novas "Velhas" Manias de Pobre



     Costuma-se ver inúmeras postagens nas redes sociais e ainda alguns e-mails com aquelas já consagradas “Manias de Pobre”. Algumas são notórias, como “lamber a tampa do iogurte”, “fechar molho de tomate com um pregador”, “colocar palha de aço na antena da tevê”, “colocar água no restinho do xampu”, entre tantas outras. A mais recente reunião oficial da POBRES (Pobres Oprimidos Bastante Ressentidos E Sustentáveis) acaba de lançar uma atualização das “Manias de Pobre”, incluindo velhas manias que, embora estejam sendo incluídas em outras categorias como reciclagem, sustentabilidade, não podem ser esquecidas jamais!

- Esquentar pão velho na frigideira para comer com manteiga de manhã (Adoro!)
- Utilizar papel de presente usado quando é convidado para uma festa e tem que embrulhar presente para levar (Chama-se reciclagem agora.)
- Usar saquinhos plásticos do supermercado para lixo (É reciclagem, mas até isso tentaram tiraram de nós!)
- Espremer todo e qualquer tubo, não apenas o de pasta de dente, até o fim, até os dedos doerem de tanta força.
- Tirar foto de si mesmo com a inseparável maquininha, ou celular, em “tudo que é lugar”, até mesmo em fila de pronto-socorro. Chama-se selfie agora.
 - Tomar 3 conduções para “visitar” local de crime/tragédia/acidente de caso noticiado exaustivamente pela mídia.
 - Comprar 3 peças idênticas na liquidação (calçado, roupa, etc.), dizendo que, quando uma certa peça cai bem, é bom levar mais algumas por precaução.
- Pegar revistas no lixo dos vizinhos (Reciclagem!)
- Não perder uma única “sessão de amostra grátis” no supermercado, etc.
- Fazer compras da grife “Gente Morta” (brechós, bazares e afins).
- Viver oferecendo um dos rins (hipoteticamente) a torto e a direito, em especial quando está endividado.
- Levar para casa pacotinhos de bolachas dos laboratórios depois de fazer exames (Nem liga se alguém vê: mania de pobre. Preocupado com testemunhas: mania de perseguição).
- Guardar velas de aniversário da família inteira para anos posteriores, compondo as idades conforme o “estoque” de números (Muito prático!)
- Tirar foto com qualquer aspirante a famoso, além de segurança/funcionário/amigo de famoso.
- Reaproveitar embalagens de produtos como margarina, achocolatado, latas de leite, etc. para várias finalidades (Reciclagem!)
- Ainda nessa linha, fazer “conjuntinho” de copos com embalagens de vidro de requeijão, geléia, etc. (Juntá-los de qualquer jeito: mania de pobre. Fazer separação por tamanhos: mania de organização.)
- Encher garrafa reutilizável de água mineral com água do filtro, que é mais barata, para sair por aí. (Confesso.)
 - Viver dizendo que “Dinheiro não traz felicidade” (Só dinheiro não traz mesmo.)
- Tirar fotos da família (ou de si mesmo) ao lado de banners de famosos no shopping (Tenho uma.)
- Emendar palavras para falar mais rápido: “badapia” (embaixo da pia); “kikifoi” (O que é que foi/); “xaquetu” (deixa quieto), etc.
- Colocar açúcar no pão quando não tem um doce (Fazer o quê?)
- Acrescentar um pouquinho de água ao refrigerante para render mais.
- Tomar sol de biquíni na laje (Clássica.)
- Fazer churrasquinho na beira da piscina de plástico.
- Usar uma escova de dentes para limpar os cantos da casa (Escova velha, reutilizável, se tiver mania de pobre/ Escova nova se tiver mania de limpeza.)
- Homenagear pais/avós/tios com combinações criativas de nomes: Sandrinalva, Ricarelson, Ematilde, Sergilina...
- Ainda na categoria “nomes”, chamar gêmeos ou trigêmeos de nomes parecidos porque é chique... Mas confunde à beça. Veja o caso dos trigêmeos Roberto, Norberto e Alberto (Todos “Beto” para os íntimos.)
- Deixar para comprar aquele panetone recheado com sorvete, absurdo de caro, depois do Natal por R$ 5,50 (Eu assumo!)
- Não subtrair “suvenires” de hotéis de luxo, como roupões, toalhas e hidratantes, porque isso é mania de rico.
- Tomar café requentado e jurar que é porque não tem esse tipo de “frescura”, não (Assumo!)
- Assassinar a língua portuguesa sem dó, nem piedade (“eu si acho”; “para mim fazer”; “a gente vamos”; “duas rua e dois carro”...)

Afinal, "Pobreza pouca é bobagem!"

Que atire a primeira pedra preciosa quem nunca teve manias de pobre!

P.S: Quero enfatizar que sou totalmente a favor da reciclagem e acho que ela é de extrema importância para o bem atual e futuro do nosso planeta. Quanto àquela antiga e polêmica questão das sacolas plásticas dos supermercados, acho que toda a campanha para a preservação do meio ambiente é válida, necessária, e que as pessoas terão apenas de se acostumar com sacolas retornáveis (Quase sempre me esqueço de levar as minhas e acabo comprando mais...) Contudo, para que esse novo sistema (que acabou retrocedendo) possa alcançar o seu tão apregoado objetivo sustentável, todos os sacos de lixo fabricados (e sacolinhas) terão de ser biodegradáveis um dia, porque 90% das pessoas usam as sacolinhas de supermercado como sacos de lixo.
Ah, voltando às "Manias de Pobre", também não tenho nada contra nós, os pobres, não. Afinal, a gente é pobre, mas é limpinho!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vida de Tradutor


       Sou da época em que se traduzia com máquina de escrever, e imaginem o sufoco para se alterar alguma coisa, havendo só o “branquinho” como recurso. Depois, houve um tempo em que, sem grana para um computador, eu fazia as traduções à mão para, em seguida, serem digitadas na editora. Pobre do calo do meu dedo. Era bem ao estilo do nosso padroeiro, São Jerônimo, e ele nem sequer contava com a sofisticação do papel e da caneta de hoje em dia. Mas adoro meu trabalho, apesar dos percalços.
     Já aconteceu praticamente de tudo. Já trabalhei com micros e programas ultrapassados, incluindo um Word do arco-da-velha que eu não queria largar. Enfim, o pobre coitado pifou e, como não existia mais, tive de arrumar a acentuação inteirinha do livro, a fim de não perdê-lo, no Windows. Foi quando descobri o Ctrl+U e nunca mais o esqueci. Sem um escritório, trabalhei em tudo que é canto da casa, em meio a todos os tipos de ruídos e interrupções. Costumo dizer que, se houver uma tomada por perto, consigo trabalhar até no meio de um vendaval (sim, já ouvi falar sobre a existência do laptop). Agora, tenho um minúsculo escritório que chamo de “The Office”, não pela opulência de sua metragem, mas pelo gostinho de sonho realizado.
     Amo traduzir e me dedico como se os livros fossem meus, para que o autor saia o melhor possível na “fita” em português também. Inevitavelmente, fico mortificada com os eventuais deslizes. É triste depois de traduzir, pesquisar, conferir, ler, reler, você deparar com alguns erros na tradução após ter sido entregue. E publicada, então! Faço o máximo possível, mas, às vezes, de tanto ler algo, a gente simplesmente não enxerga o erro. E, de vez em quando, aparece cada coisa para lá de esquisita para pesquisar!
     Já deram de cara com aquelas palavras inventadas, termos que o autor quis usar de um jeito particular qualquer, regionalismos, marcas de produtos que ninguém nunca viu mais gordas, trocadilhos que têm de fazer sentido em português, poemas que têm de rimar e tantos outros detalhes? Sem mencionar quando o micro resolve não cooperar muito e surge o tal “erro do programa”, ou coisa parecida.
     Prazos apertados. Novas regras de ortografia para assimilar. Trabalhar em casa, que é ótimo, mas com mil e uma coisas pressionando em volta. Folgar na segunda-feira e trabalhar no final de semana quando os outros estão passeando. Ler sobre assuntos sobre os quais jamais se leria em outras circunstâncias, para fins de pesquisa. Trabalhar à noite com aquela baita dor nas costas, olhos ardendo, o sofá acenando por perto. Não poder ver sangue e ter de descrever cenas escabrosas, deitar por 30 segundos até o mal-estar passar e voltar ao computador. E, agora, para ficar tirando o trema que aparece automaticamente? Lá vai o Ctrl+U. Ou existe outro recurso para isso? Sei, sei, os novos revisores ortográficos. E dominar o uso dos hífens, que já não eram bolinho antes!
     Bem, são os “bones” do ofício, se me permitem o neologismo tosco. De qualquer modo, meu velho micro mais recente deu PT (Perda Total) um dia desses e tive de comprar outro, novinho em folha, uma pintura de moderno. Finalmente, alcancei o século 21.

Tradutores são caminhos que levam de
um lugar ao outro sem deixar que o leitor
se perca no meio do percurso. tj*¬



Obs.: Adquiri o sobrenome Jeronymo (por parte de um senhor admirável, o saudoso Dionísio Jeronymo) há mais de vinte anos, quando me casei com o neto dele (pouco antes de ter começado a trabalhar como tradutora), e acrescentei-o a todos os meus outros nomes herdados da minha família portuguesa. Como, desde criança, nascida no Brasil, sempre me chamaram de Tinita, Tininha, Tina, abreviei todos aqueles sobrenomes quase ao “estilo de D. Pedro I”, passando a usar simplesmente Tina Jeronymo nas minhas traduções e em geral, para facilitar. O que gostaria mesmo de ressaltar aqui é a feliz coincidência de eu ter o mesmo sobrenome do nosso Santo Padroeiro dos tradutores, São Jerônimo. Fico muito honrada. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Política da Boa Vizinhança

       PARTE I

     Por longos anos, morei no lugar onde Judas se perdeu, porque as botas ele já havia perdido bem antes de lá. Sei que existem lugares muito piores do que aquele; lamentavelmente todos já vimos seres humanos sendo submetidos a condições que de humanas não têm nada. Mas esse lugar acabou se tornando um dos piores de toda a galáxia para mim.
     Não faltam aqui personagens para esta história verídica, mas os principais são Diabinho, o cachorro da vizinha (nome trocado por questões éticas) e a própria vizinha. Felizmente, isso já faz um longo tempo e esqueci o nome da vizinha, mas o apelido carinhoso que eu usava para pensar nela _  e que empregarei no meu desolador relato _  é "Baranga" mesmo.
     Antes de chegarmos à parte de Diabinho e Baranga, que foram a gota d'água para me deixar com os nervos em frangalhos, quero dar um panorama geral do medonho cenário, de sua contribuição para quase me enlouquecer.
  A minha rua era sem saída. Ainda não sei onde ficava a colmeia, mas de uma coisa tenho certeza, a minha porta tinha mel. Num infeliz projeto de arquitetura, a minha casa tinha uns dez metros de frente por dez de lado; ou seja, um quadrado com bastante espaço para ser importunado na frente e sem nenhuma área de escape atrás. Até que a gente tinha uns vidros antirruído nas janelas... que de quase nada adiantavam, especialmente no calor.
     A molecada da rua inteira _ e das outras ruas _ resolvia empinar pipa bem na minha porta. A linha vivia enroscando na minha antena, as pipas caíam no quintal e, além de ter de interromper o trabalho a toda hora, havia um barulho infernal na calçada. Cheguei a um ponto tal de irritação que torcia para eles perderem as pipas. Mas eles apareciam minutos depois com outra pipa comprada na esquina por cinquenta centavos. Era uma das coisas que mais me deixavam inconformada.

     Por que as criaturas faziam tanto estardalhaço, subiam em muros e lajes, arriscando o pescoço, com o perigo de serem eletrocutadas na rede elétrica, se engalfinhando por causa de uma mísera pipa de cinquenta centavos? Aliás, tinha o tal do maldito cerol que cortava a minha mão às vezes. Garotada, nada de cerol. Todo mundo sabe que motoqueiros acabaram morrendo de maneira absurda com o pescoço cortado por uma linha com cerol. Assim, não custa nada procurarem lugares bem amplos e seguros para empinar pipa sem cerol, certo? Nada contra, desde que seja a quilômetros de distância de mim.
     Além dessa balbúrdia na porta, havia ELE... o piolho ruivo. Piolho era como eu chamava carinhosamente cada integrante da molecada em geral. O piolho ruivo tinha uma "banda" e tocava bateria duas casas depois da minha, na garagem aberta da frente, praticamente na calçada. Ele e sua banda eram desafinados como taquaras rachadas e eu, que adoro rock, peguei ódio de rock naqueles dias, daquele "rock". Eles tocavam quase todos os dias, especialmente nas tardes e noites de sábado e domingo, para desespero da vizinhança.
     Não adiantavam apelos dos mais dramáticos para que eles maneirassem, pois o piolho ruivo e sua gangue tripudiavam, faziam ainda pior, transformando nossos ouvidos em penico, cada vez adquirindo aparelhos e instrumentos mais potentes. Era dito e feito. Eu estava lá trabalhando, ou tentando descansar num sábado ou domingo e, de repente, ouvia... "Som, som..." Era o bastante para o coração disparar, a pressão subir, a tremedeira percorrer o corpo.
    A gente vivia saindo de casa para fugir do inferno quando possível, mas era inevitável chegar e os piolhos ainda estarem lá "tocando" e "cantando" no último volume. Sabem aquele barulho terrível? Esse mesmo. Bem, aguentei alguns anos até que, por vários fatores, acabamos mudando. Meu consolo é que o piolho ruivo, que eu saiba, não gravou nenhum CD até hoje, nem fez o menor sucesso. Não, eu não era vizinha do Simply Red. Garotada, querem ter banda de garagem e tudo mais? Ok, numa boa, mas forrem todas as paredes para o barulho não escapar, ou façam uma vaquinha e aluguem um lugar adequado. O piolho ruivo? Bem, ele mudou de cidade e sua banda se desfez cerca de uns dois meses depois que eu mudei de bairro.

 PARTE II
     Agora, claro, vamos ao nosso protagonista, Diabinho. Não sei o que era pior, a molecada com as pipas, a bateria ou o Diabinho, porém _ mais um consolo _ um, com certeza, infernizava o outro. Provavelmente, Baranga tomava algum calmante para não ouvir a bateria porque ela largava Diabinho no seu quintal de cinco metros de frente por dois e meio de lado (em vez de colocá-lo no seu imeeeeeenso quintal dos fundos), onde o bicho se esgoelava de tanto latir e ela não fazia nada. Diabinho latia dia e noite na casa ao lado como se estivesse com o diabo no corpo.
     Telefonamos (anonimamente, pois Baranga era ignorante e, com ela, "não tinha conversa"), reclamamos dos latidos estridentes e incessantes, falamos das noites de insônia até o despertador tocar às cinco e meia, mentimos alegando doença na família, imploramos... mas nada. Impassível, Baranga ia dormir no seu quarto nos fundos da casa, embalada talvez por seu calmante, e deixava Diabinho se esgoelando no quintalzinho da frente.
     No inverno, umas três células minhas quaisquer se compadeciam de Diabinho, espremido no fundo da pequena casinha, trêmulo de frio sob a noite gelada, naquela quintal da frente, e eu torcia para o bicho não contrair uma pneumonia... Mas admito que eu tinha o desejo secreto de que Diabinho desaparecesse. Ele corria desembestado pela rua e sumia por um dia ou dois... mas sempre voltava para casa. A cachorra que pertencia à vizinha da frente, que era um doce de tão meiga e silenciosa, sumiu assim de vez um dia. Mas Diabinho não. Estava sempre firme e forte lá. E a fina que os carros tiravam dele quando corria rua abaixo! As três células até que tinham pena, mas algo malévolo dentro de mim... bem, deu para entender.

     Às vezes, pensávamos em colocar Diabinho no porta-malas e levá-lo para outra parte da cidade. Um bairro nobre até, por que não? Onde seria melhor tratado e teria suas regalias. Mas e a coragem? Afinal, não tínhamos esse direito. Não sei de onde o pequeno Diabinho tirava tanto fôlego... e Baranga tanto sadismo..., mas o bicho latia "non-stop". Aquele ruído infame já estava gravado no meu ouvido. Era traduzindo os meus livros, assistindo tevê, fazendo as refeições, tentando dormir à noite, regando as plantas... regando as plantas, então, parecia que o maldito estava dentro dos vasos. O fato é que o ser humano tem limite. Eu já estava com os nervos acabados, pensando seriamente em me mudar dali com a família àquela altura.

     Chegamos a um ponto em que odiávamos meses de férias, dias ensolarados, horário de verão; torcíamos para que chovesse no fim de semana para a molecada dar sossego, para acabar a luz e não ter a bateria e para que Baranga se divertisse com Diabinho na Praia Grande. Mas Diabinho atormentou tanto que um dia revolvi tomar uma atitude drástica. Eu já não estava mais raciocinando direito, o estresse consumia cada pedacinho do meu ser.

Pensei cá com os meus botões. Vou dar um susto na Baranga. Só assim ela vai se arrepender de não ter colocado o "infernífero" Diabinho para viver no distante quintal dos fundos.
     Sabem, isso não é do meu feitio. Até me considero uma boa pessoa, de ótima índole, etc., mas, como já mencionei em alguma parte deste blog, ninguém é de ferro, a não ser o Homem de Ferro. E eu adoro cães; sério. Tive os meus, tive gatos, uns três peixinhos. Adoro bichos, natureza. Enfim... Mas eu tinha de agir, ou iria enlouquecer.
    Só recomendo que ninguém faça isso. É perigoso para todos os envolvidos. Lá estava eu de madrugada, tentando dormir... e era como se a peste esganiçada estivesse latindo dentro do meu quarto. Então, desesperada, exausta, tive a idéia. Fui até a geladeira e peguei uma bolinha de carne moída congelada do freezer acima. Depois, com o coração disparado, saí na pontinha do pé para o meu quintal, de camisola, me guiando apenas pela iluminação da rua. Meu portão fez um barulho danado, apesar de todo meu cuidado para destrancá-lo. Esperei, sorrateira, a bolinha gelando na minha mão suada, o coração ameaçando sair pela boca. Pensei comigo mesma: "Agora, a peste vai parar de encher de uma vez por todas".
    Certificando-me de que ninguém tinha ouvido o barulho do portão, saí para a calçada de fininho e me aproximei do portão da Baranga... Diabinho estava lá... latindo como sempre, mas parou quando me viu. Ele até que gostava de mim, não percebia as minhas "vibes" negativas. No momento em que atirei a bolinha de carne congelada para ele, um garoto passou pela rua deserta. Pensei: "Pronto, agora ferrou!" Mas ou ele não entendeu nada, ou pensou que eu fosse um fantasma de camisolão no meio da madrugada, mas o fato é que não me denunciou mais tarde. Para dizer a verdade, nem vi direito quem era.
Agora, vamos à bolinha de carne congelada...
     Em primeiro lugar, quero ressaltar que é uma coisa hedionda envenenar um animal. Jamais façam isso. Os animais não têm culpa da estupidez de alguns donos. Acredito que tudo o que um animal de estimação faz de errado é culpa do dono que não o ensina adequadamente. Outro apelo que faço é que os vizinhos sejam mais cordiais, compreensivos e respeitosos uns com os outros. Ninguém é obrigado a suportar o barulho absurdo do outro. Todo mundo é livre desde que respeite o espaço de seu semelhante. Nosso lar é o nosso reduto, o nosso cantinho para descansar ou até trabalhar, curtir a família, receber nossas visitas; nosso lar é o nosso santuário e como tal deve ser respeitado.
Mas voltando à bolinha de carne congelada... A bolinha de carne não estava envenenada. Não continha nada de errado. Era apenas carne moída que eu guardava no freezer para uso na cozinha.

     O meu "raciocínio" naquele instante de tormento foi o seguinte: "Baranga verá a bolinha de carne moída no quintal de manhã e pensará que alguém tentou envenenar Diabinho. Assim, não o deixará mais no quintal da frente, tão exposto e vulnerável. Vai levá-lo para o enorme quintal dos fundos, onde os latidos ficarão abafados e talvez ele resolva nem latir tanto, pois poderá saltitar lá alegremente em todo aquele espaço (ela não queria limpar as necessidades do "diabrete" no quintal enorme)".
     E, cá para nós, acho que o bicho passava fome. É, acho que também latia de fome. Na minha ingenuidade, atirei a bolinha congelada para Diabinho no meio da madrugada. O garoto estranho passou direto pela rua, aumentando o meu terror e preocupação.
    Diabinho d-e-v-o-r-o-u  a bolinha de carne moída em cinco segundos. Não deixou o menor vestígio para a Baranga ver; ela nem soube. E o bicho não pegou nem um resfriado sequer. Ao mesmo tempo apavorada e espumando de raiva, corri para o meu quintal, enquanto o guloso acabava de engolir a bolinha de carne. Nem para engasgar também, não. O portão pesado fez aquele estrondo outra vez. Corri para dentro, tranquei a porta e voltei a me deitar, ainda suando frio.

     Diabinho começou a latir forte e alegremente.
     Não sei quanto tempo durou a minha angústia geral, mas, pelo jeito, os incomodados é que têm de se mudar, não os que incomodam. Enfim, com a graça de Deus, nos mudamos para o paraíso... não o bairro, mas um lugar bem, bem tranquilo e respeitoso.
     E, segundo soubemos, Baranga se mudou para outro estado dois meses depois disso, ao receber uma indenização qualquer que usou para comprar uma casa num condomínio de luxo.
     O pobre Diabinho morreu um dia depois da mudança deles para lá, atropelado numa das ruas calmas do condomínio.

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28 DE ABRIL DE 2013

Meu blog completa 2 anos!


     Criei o meu blog exatamente no dia 28/04/2011 como um projeto muito especial para mim. Depois de 20 anos trabalhando como tradutora, tive a ideia de criar um blog para comentar minhas traduções e dar dicas de tradução a quem se interessasse. Também sempre adorei livros e sonhei em escrever alguma coisa algum dia. O blog foi uma forma que encontrei de escrever os meus textos e, como digo, “brincar” de escritora.
     Desde que o criei, o blog, que vive em constante evolução, passou por uma transformação total, embora o conteúdo inicial tenha permanecido o mesmo. No início, a página principal era sobre as traduções e eu escrevia os meus textos em algumas das páginas adicionais. Então, me ocorreu que deixaria o blog mais interessante se fosse publicando os meus textos na página inicial. Daí mudei tudo de lugar, coloquei os comentários sobre os livros numa página adicional e batizei o blog de “Aprendizes de Escritores”. Não é um blog onde ensino técnicas de escrita, como os blogs convencionais desse tipo. É um blog através do qual acho que eu mesma aprendo a escrever. Eu sou a aprendiz de escritora e espero poder passar alguma coisa através dos meus textos para outros aspirantes a escritor, nem que seja no mínimo o encorajamento.
     O Aprendizes de Escritores também se destina a visitantes em geral que simplesmente queiram se entreter com seu conteúdo.

     É com orgulho, portanto, que comemoro o aniversário dele e agradeço de coração aos seguidores e visitantes.

(Blog's second anniversary - April/2013)






23 de abril de 2013

Dia Mundial do Livro


     Desde pequena, os livros sempre foram e continuam sendo meus companheiros inseparáveis. Já perdi a conta de quantos li, viajando por inúmeras páginas recheadas de vários tipos de histórias e gêneros. Também gosto de livros de autoajuda, que nos fazem sentir realmente bem, como se fizéssemos uma terapia personalizada.
     Quando leio, mergulho na história e aquele livro passa a fazer parte dos meus pensamentos diários, como se eu estivesse assistindo aos capítulos de uma novela, querendo saber o que vai acontecer em seguida.
     Quando estou lendo um livro, não penso mais nada, esqueço as preocupações e problemas, e me distraio através dessa que também é uma forma interessante de lazer.
     Claro que os livros devem ser sempre vistos como companheiros, não como uma fuga à realidade ou um tipo de isolamento das demais pessoas. Podem até nos acompanhar num passeio para lermos uma página ou outra num momento de descanso, mas temos de desfrutar os outros tipos de lazer. Não vamos passar o dia inteiro lendo, temos outras coisas para fazer.
    Mas se há uma coisa prazerosa é desfrutarmos aquele tempo que podemos dedicar à leitura.
    No meu caso, os livros também se transformaram em companheiros de trabalho porque, há mais de 20 anos, são os originais da traduções que faço. É mais um motivo de eu adorar tanto o meu trabalho, pois acabo me aprofundando muito mais nesses livros do que se fosse uma leitura normal e me empenho para que o resultado final não deixe nada a desejar.
    Apesar de toda a bem-vinda tecnologia de hoje, que me ajuda muito em pesquisas e estudos, prefiro o livro de papel aos e-books quando se trata da leitura como lazer. Adoro andar por feiras de livros, livrarias e garimpar no sebo, olhando capas de livros, folheando páginas. Quando leio, gosto de pegar o livro de papel nas mãos, de folheá-lo, de descansar os olhos de telas eletrônicas e me ajeitar o mais confortavelmente possível enquanto deixo a imaginação navegar por mais uma história.
     No dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro, através do meu blog Aprendizes de Escritores, onde também estou aprendendo a escrever, faço a minha homenagem a esse companheiro inestimável, o livro. tj*¬


P.S.: Não podemos esquecer que milhões de pessoas no nosso país e no mundo não têm acesso nem a livros de papel quanto mais a e-books. Jamais podemos considerar bibliotecas públicas ou sebos como obsoletos. Temos de divulgar iniciativas como as bibliotecas itinerantes, as promoções de livros das livrarias e as campanhas de doação de livros, doando livros sempre que pudermos.