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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

Sobre o Blog / About the Blog - Link:

Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

3 - Minhas Traduções / My Recent Translations

     Esta é uma página adicional do Blog Aprendizes de Escritores, onde comento sobre algumas das minhas traduções para quem se interessa pela área e leitores em geral.

    This is an additional page of the blog where I comment about some of my translations, for those who are interested in the translation area, or readers in general. tj*¬



2012
     Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”.
     I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters - Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”. Tina Jeronymo
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“Quando o homem mostrou sua arrogância, Deus destruiu a Torre de Babel e todos passaram a falar línguas diferentes. Mas em Sua infinita graça, criou também um tipo de gente que iria reconstruir essas pontes, permitir o diálogo e a difusão do pensamento humano. Esse homem (ou mulher) de quem raramente nos damos ao trabalho de saber o nome quando abrimos um livro estrangeiro: o tradutor.”
_ Paulo Coelho, "O Outro Lado da Torre de Babel"





"When man grew ambitious, God destroyed the Tower of Babel, and everyone began to speak different tongues. However, in His infinite grace, he also created people to rebuild those bridges, to enable dialogue and the diffusion of human thought. This person, whose name we rarely take the trouble to notice when we open a foreign book, is the translator.”
_ Paulo Coelho, “The Other Side of the Tower of Babel



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TRADUÇÕES RECENTES COMENTADAS AQUI:
RECENT TRANSLATIONS:

Apreciei estes livros não apenas como tradutora, mas também como leitora. São todos livros muito interessantes e eu os recomendo (de acordo com as preferências literárias de cada leitor). Traduzi mais de 190 livros até o momento (e continuo trabalhando), mas comento aqui as traduções mais recente.

I've translated more than 190 books up to now (and I'm still working), but here I comment the most recent ones. I enjoyed these books not only as a translator, but also as reader. They're all very interesting books, and I recommend them (according to the reader's literary preferences).
I'm also adding synopsis in English as I can, and I'll also add comments in English too as I have the time.

The Book of Why - O Livro do Porquê
-  Weapon - A Visual History of Arms and Armor
   Armas _ História Visual de Armas e Armaduras
The World Atlas of Whisky - O Atlas Mundial do Whisky 
-  Being Wrong - Por que Erramos?
Crematório (Adaptação) - Crematorio
- Evidence of the Afterlife - Evidências da Vida Após a Morte
It’s Your Time - A Hora é Agora
 - Think Smart - Mente Saudável, Mente Brilhante 
- Whisky Classified  - Whisky Classificado
- The Elephant and the Flea  - O Elefante e a Pulga
- Pauline Bonaparte – Paulina Bonaparte, a Princesa do Prazer
My Life as a Traitor  - Minha Vida Como Traidora 
- How the Wise Decide  - Como os Sábios Decidem 
- My Best Friend’s Girl  - A Filha da Minha Melhor Amiga
            - Slash - Autobiografia - Anthony Bozza -  (comments also in English)
            - 81 Challenges Smart  Managers Face – Desafios Gerenciais
            - Do it Tomorrow - Deixe para Amanhã
Was Your Boss Raised by Wolves? - Seu Chefe Foi Criado por Lobos?,
Fat Free and Fatal - Insaciável
Mirage - Miragem
A Dangerous Dress - Um Vestido Perigoso
- Prince of Lost Places - O Príncipe dos Lugares Perdidos

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O Livro do Porquê



Título Original:     The Book of Why
Autor:                    Nicholas Montemarano
Editora:                 LeYa             
Ano/Tradução:      2013

Sinopse:

     Eric Newborn está acostumado a lidar com pessoas cujas vidas estão em crise.É um aclamado autor de diversos livros motivacionais e também um inspirado palestrante. No entanto, quando sua esposa morre, a angústia o toma de forma inescapável. Não existe cura fácil, nenhum clichê é capaz de consolá-lo, nada preenche o enorme vazio deixado pela perda. Ele se recolhe com sua cadela, Ralph, em sua isolada casa em Martha’s Vineyard. 
    Cinco anos mais tarde, em uma noite agitada de tempestade, um carro sofre um acidente em frente a sua casa e uma mulher bate à porta, procurando ajuda. Sam é uma admiradora que estava a procura de Eric, convencida de que ele saberia dar sentido às coincidências que, simultaneamente, destruíram e deram nova cor à vida dela. 
     À medida que Eric e Sam orbitam um em torno do outro, como constelações em um gigantesco universo, eles se põem a buscar respostas para suas perguntas, e encontram significados em sinais que às vezes ignoramos diariamente. 
    Uma poderosa história de amor e um mergulho profundo no funcionamento da alma, O Livro do Porquê é um romance delicado e instigante, que nos faz refletir sobre a natureza da felicidade humana.


SYNOPSIS IN ENGLISH:


The power to solve your problems is within you-with the right sense of belief, the mind's ability to create success, happiness, and health is limitless.

At least that's the philosophy of self-help author Eric Newborn, whose books and lectures have spawned a legion of devoted followers who swear that his ideas have pulled their lives from the brink. But after the traumatic loss of his wife, Eric is left to face the darker side of his own teachings, living as a recluse in the home they shared on Martha's Vineyard, struggling to reconcile his worldview with the pain he has suffered. It's a fundamental question that haunts him: why? 

When a fan with questions forces Eric to face the world once again, he's put on a path that might lead him towards the closure he seeks, but in astounding ways he could never begin to dream.

At once a stirring portrait of a soul laid bare by grief and a celebration of coincidence and the magic of real connection, The Book of Why explores the deep powers of the heart and mind to shape the world around us, blurring the lines between loss and love, fate and free will, and despair and joy. (From: 
http://www.goodreads.com/book/show/14781157-the-book-of-why)


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Armas - Uma História Visual de Armas e Armaduras


Título Original:          Weapon - A Visual History of Arms and Armor
Autor:                         Richard Holmes                           
Editora:                      Lafonte             
Ano da Tradução:      2012

Sinopse e comentário sobre a minha tradução:

      Trata-se de um Atlas britânico que aborda todos os tipos de armas e armaduras ao longo das eras. Com uma cronologia apurada, o guia aborda o surgimento das armas, que, em princípio eram instrumentos de caça e utensílios domésticos, passando para a sua utilização como armas de defesa de território na Antiguidade e sua evolução tecnológica até o presente. Traçando uma linha histórica global, o livro comenta sobre as armas em relação a todas as batalhas e guerras que existiram ao longo da história da humanidade. Na seção “grandes guerreiros”, traça um paralelo entre a utilização das armas e os guerreiros de destaque de todos os tempos, como os hoplitas gregos, os legionários romanos, os guerreiros mongóis, o cavaleiro medieval, os samurais, o guerreiro zulu, o exército britânico e assim por diante até chegar aos fuzileiros dos dias atuais.
     Comenta sobre o surgimento dos exércitos, explicando detalhadamente a respeito das estratégias de cada um. Através dos tempos, acompanhamos a evolução de todos os tipos de armas, desde a lâmina de pedra lascada, passando pelas variadas armas de haste, espadas, punhais/adagas, arcos e bestas, pelo surgimento das armas de fogo, desde os primeiros mosquetes e armas de pederneira até espingardas, pistolas, revólveres e as metralhadoras e armas modernas. Há uma seção chamada “Como Funciona” com um quadro contendo uma explicação clara sobre o funcionamento das principais armas de cada seção. Todas as peças contêm legendas para que o leitor compreenda exatamente a finalidade e/ou funcionamento e o tipo de ornamentação de cada uma. Também há a seção “vitrine da arma” dando destaque especial às principais armas de todos os tempos.
Juntamente com o panorama histórico completo, há um outro atrativo cativante que são as belíssimas fotos e ilustrações. Nelas, as armas e armaduras são mostradas como obras de arte, confeccionadas com todo o esmero por armeiros, forjadores e artesãos que, além de fazê-las para o seu propósito, frequentemente as adornavam ricamente, transformando-as em objetos únicos, raros. Admirando uma coleção tão abrangente, o leitor se sente tomando parte numa longa e elucidativa visita a um museu de armaria inigualável.
Enfim, é mostrada toda a evolução das armas modernas, sua tecnologia e poder de destruição, e das forças armadas, até chegar ao soldado atual, comparado a um guerreiro antigo com os seus coletes à prova de bala de kevlar, os quais acabam sendo uma espécie de armadura moderna.
    É um guia imparcial, sem nenhuma apologia às armas. Na verdade, ao contrário. Ao ler, senti que há uma apreciação das armas por serem fruto da genialidade e criatividade humana, por sua beleza artística, não por sua finalidade destrutiva.

     Quando um artesão faz uma arma, ele a lapida como se estivesse criando uma joia, jamais pensando no que ela causará; apenas se embevecendo com a sua criação, desejando que desperte o fascínio dos demais. E quando um inventor cria uma arma não está pensando no que ela causará, mas em sua perfeição tecnológica, nas barreiras que venceu para solucionar todas as falhas dos modelos anteriores ou para lançar uma arma realmente inovadora.
     Na minha opinião de leitora, o lugar das armas deve ser em museus, coleções, livros, como testemunho de toda a devastação que o homem, apesar de toda a sua sensibilidade artística, de toda sua genialidade, pode causar. Devem servir como lembranças vivas disso na forma de peças confeccionadas com o requinte, a paciência, a dedicação de seus criadores. 
Armas devem ser admiradas de modo que a genialidade do homem se enalteça, pois são dotadas de mecanismos perfeitos, precisos, engenhosos. Deveriam ser meramente apreciadas como belas peças de artesãos. O ideal é que fossem utilizadas apenas de maneira construtiva, como em práticas esportivas. Não deveriam servir para nos mostrar do que o homem tem sido capaz em nome da busca pela paz.

Comments and Synopsis:



     This was one of the most interesting books I’ve translated to Portuguese. Weapon - A Visual History of Arms and Armour (by Richard Holmes) represented a big challenge to me as a translator because it’s a complete guide of weapons through ages and from all parts of the globe. It’s a journey through history, and contains all the technical details and explanations about weapons mechanisms, and I had to research a lot during translation. The book also covers war tactics, talks about warriors and soldiers from all times, and also all kinds of armours. It was indeed a privilege to translate it, and I’ve learned a lot during the whole process.



A slice of history - the definitive exploration of weapons through the ages, now with a fresh new jacket. An epic 4,000-year illustrated story of weaponry. From stone axes to heavy machine-guns, swords to sniper rifles, discover the innovative design, range, lethal function and brutal history of arms and armour, and meet the warriors who wielded them.Includes all the important arms from the ages, covering edged weapons, clubs, projectiles and firearms from ancient Egyptian axes, through bows and spears of traditional societies in Africa, Oceania and the Americas, to the machine-guns and missiles of modern infantry forces. Key weapons from every era are presented in sharp detail and the mechanisms that operate them are displayed and explained.Top fighting forces, from the Greek hoplite to the Navy Seal are profiled, and the weapons they have wielded and the tactics and fighting methods they've used are revealed. (From: http://books.google.com.br/books/about/Weapon.html)

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O Atlas Mundial Do Whisky


Título Original:          The World Atlas of Whisky
Autor:                          Dave Broom
Editora:                       Larousse
Ano da Tradução:    2011            

Sinopse e comentário sobre a minha tradução:

      O Atlas Mundial do Whisky, de Dave Broom, foi um dos livros mais incríveis que já traduzi e representou um grande desafio profissional, pois exigiu muita pesquisa. É bem mais abrangente do que o livro que eu havia traduzido antes do mesmo tema, "Whisky Classificado" (que se limita aos single malts, embora seja igualmente esplêndido). O Atlas Mundial do Whisky é uma espécie de enciclopédia que fala a respeito do whisky em todas as partes do mundo, especialmente na Escócia, como não poderia deixar de ser. Não engloba apenas single malts, mas whisky de grãos, bourbon, whisky japonês, blends, etc. E as ilustrações são belíssimas. O leitor fica até com vontade de fazer um tour pela maravilhosa Escócia e por outras partes do mundo para conhecer as destilarias, quer seja apreciador de whisky ou não. 
     O especialista Dave Broom relata tudo sobre o whisky em termos mundiais, descrevendo todas as destilarias da bebida, contando fatos históricos, curiosidades, explicando sobre meios de acesso, oferecendo dicas, dados geográficos e técnicos em si a respeito do processo de destilação. Além dos single malts, são comentados aqui o whisky de grãos, além dos blends consagrados como Chivas Regal, Johnnie Walker, Dewar’s , Grant’s... O autor incluiu um mapa de sabor personalizado para cada destilaria, avaliando detalhada e claramente amostras de whiskies de cada respectiva destilaria, incluindo não apenas expressões consagradas, já engarrafadas, mas também amostras de tonel e amostras do destilado recém-fabricado (ou seja, o espírito novo).
     São extremamente interessantes as categorias dos sabores, que englobam desde as notas mais comuns e conhecidas, como “frutado”, “turfoso”, etc., passando por descrições abrangentes e algumas inusitadas _ como “presunto defumado”, “couro”, “carne” _ até avaliações subjetivas e românticas como “bosque na primavera” “pôr do sol no mar”, provenientes de lembranças que determinado whisky evoca, de impressões ou associações.  Em O Atlas Mundial do Whisky também encontramos mapas abrangentes de todas as regiões produtoras de whiskies e dos melhores blends, onde se identificam as destilarias e os locais mais importantes ao redor.
     A começar pelo merecido destaque à “mãe” Escócia, com seus cobiçados Macduff, Dalmore, Glenlossie, Glenmorangie, Ardmore, Glenlivet, Macallan, Jura, Benrinnes, Cardhu, entre tantas outras “joias raras”, prosseguimos nossa “viagem”, descobrindo que o whisky também é produzido, por exemplo, no Japão. Revela-se a maneira como a bebida chegou até lá, através do pioneiro e lendário Masataka Taketsuro, apaixonado pelo whisky escocês. Comprova-se que o whisky não é uma cópia do escocês, como muitos podem pensar, mas que conquistou o seu próprio estilo. Seguindo com o nosso “tour” pelo livro, vemos como é toda a produção nos Estados Unidos (com seus consagrados bourbons e whiskies de centeio), Canadá, Irlanda e demais partes do mundo. Descubra como o whisky foi conquistando espaço também na Inglaterra, País de Gales, França, Holanda, Bélgica, Escandinávia, Espanha, África do Sul, Índia e Extremo Oriente, Austrália, etc.
     Além das informações completas sobre a história dessa bebida e das destilarias, sobre o processo de fabricação do whisky, há magníficas fotos ilustrando o Atlas inteiro, dando ao leitor a oportunidade de se transportar, ao menos na imaginação, até lugares deslumbrantes, onde a fabricação do whisky não só é uma atividade industrial e comercial, incluindo alta tecnologia e inovação, mas também um trabalho artesanal, que ainda remonta aos tempos antigos da destilação e envolve paixão, dedicação e criatividade.
Abra o Atlas, por exemplo, na página 82 e apaixone-se pela bucólica Glen Grant; ou na página 170 e depare com a Bowmore à beira de um misterioso mar bravio; ou na página 222 e surpreenda-se com a fascinante Miyagikyo; ou ainda na página 255 e faça uma deliciosa viagem de volta no tempo através da história do whisky do Tennessee...
     O renomado e premiado especialista Dave Broom criou uma obra indispensável tanto para apreciadores novos quanto experts em whisky. O Atlas Mundial do Whisky contém todas as informações pertinentes sobre esse fascinante espírito e opiniões francas baseadas em inúmeras degustações e pesquisas. É um guia fácil de ser consultado, de leitura bastante agradável, que orienta e ensina, além de ser um belo complemento para qualquer tamanho de coleção que se possua de whiskies e de livros sobre o tema.

P. S.: Em relação à tradução em si, tive de pesquisar bastante a respeito dos equipamentos utilizados no processo inteiro de fabricação de whisky, como os vários tipos de alambiques, por exemplo, e, em muitos casos foi difícil encontrar o equivalente para certos termos no português. O próprio processo de fabricação engloba várias etapas que traduzi passo a passo como no original. Há a parte histórica e geográfica do livro que exigiu a pesquisa para a comparação do que existe paralelamente ou não. Às vezes, há locais e personagens históricos num livro a ser traduzido que já têm um equivalente na língua de destino. Outro detalhe fundamental foi a pesquisa referente às categorias de sabores porque as notas de cada amostra apresentada da bebida são descritas minuciosamente. Enfim, foi um trabalho de tradução longo, árduo, mas extremamente gratificante. E como acontece com todos os livros que traduzo, pois me aprofundo a um ponto de me envolver totalmente com a obra a fim de poder traduzi-la bem, me apaixonei por este também.

O Atlas Mundial do Whisky
Dave Broom

Tradução de: Tina Jeronymo

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Por que Erramos?


Título Original:    Being Wrong 
Autora:                 Kathryn Schulz               
Editora:                 Larousse             
Ano/Tradução:     2011


Sinopse/Comentário:

A jornalista Kathryn Schulz se define como uma “errologista”, ou seja seguidora (e uma das líderes) da “Errologia”, que é o estudo dos erros, seus tipos, causas, consequências e meios de se preveni-los.
O tema do livro é exatamente o que sugere o título: “estar errado”/”errar”. É uma leitura interessante porque se trata de um assunto pouco explorado recentemente, embora a autora cite inúmeras obras onde ele aparece ao longo da história da humanidade, sob alguma forma. O diferencial aqui é que ela não condena, mas “defende” o ato de se “estar errado” e explica por que com suas teorias.
A autora segue aquela linha de que “é errando que se aprende”. Acredita que, errando, uma pessoa estimula mais a própria mente do que simplesmente acertando, como se errar fosse uma jornada que leva a pessoa a analisar os motivos para ter errado, a tentar entender a si mesma melhor, a se aperfeiçoar e até a mudar, mesmo que, muitas vezes, essa jornada tenha os seus riscos.
Errar é aventurar-se pelo mundo, é buscar o novo. Ela explica que os erros podem ter várias causas, como os nossos sentidos, que nos dão uma percepção particular do mundo, crenças e ensinamentos arraigados, o modo de pensar da sociedade e o que é considerado como aceitável.
Kathryn Schulz faz um comparativo entre erro e vários tipos de ilusão, como a ilusão de ótica e a percepção. Fala também daqueles jogos em que a pessoa se deixa enganar pela mente, mas que, nesses jogos, não há risco nem culpa, mas, ao contrário, empolgação porque a pessoa gosta do desafio, de tentar descobrir onde está errando e, enfim, se diverte quando descobre onde está o truque. O que não acontece com erros de verdade porque, em geral, as pessoas não gostam de estar erradas. Elas se sentem atraídas pela certeza e, em geral, não admitem seus erros, escondendo-se atrás de desculpas e pretextos, nos quais até acreditam intimamente. Embora defenda o erro como uma espécie de estímulo para o ser humano, a autora também mostra, ao longo da história da humanidade até os dias atuais, como os erros podem ser e têm sido nocivos, prejudicando a muitos, inclusive quando assumem a forma de preconceitos. Conta histórias comoventes de casos em que o erro manda inocentes para a prisão e faz com que vítimas que erraram em seu julgamento sofram duplamente. Fala sobre o amor e, inevitavelmente, sobre a relação entre erro e amor.
Ela comenta que o erro também pode ser divertido, citando diversos exemplos de como o erro é explorado nas comédias em geral. É graças principalmente ao erro que existe a comicidade nesse caso, pois as pessoas riem de situações onde podem ver suas próprias falhas espelhadas, mas sem culpa.
É um texto bem elaborado, recheado de citações, filosofia e comparativos com as fontes de pesquisa da autora, numa linguagem acessível. Ótima leitura, muito bem embasada, com várias informações e curiosidades que dão um panorama geral sobre os erros e as reações das pessoas a eles e suas influências. É um apanhado de muitas opiniões sérias para que o leitor chegue à sua através de reflexões que o levam a fazer questionamentos sobre o certo e o errado e a maneira de encarar as situações em geral dentro do tema. Também há um lado descontraído, quando Kathryn conta sobre experiências pessoais ou de outras pessoas para ilustrar, como também um lado mais dramático, dependendo da realidade retratada.

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Mente Saudável, Mente Brilhante


Título Original:    Think Smart
Autor:                    Richard Restak               
Editora:                 Larousse
Ano/Tradução:     2010



Sinopse/Comentário:

Texto de leitura fácil, fluida. Apesar de todos os termos técnicos, eles são citados rapidamente e com uma explicação do que significam para que o leitor se situe, mas não tenha dificuldade de compreender. Serve tanto para leigos quanto para pessoas especializadas na área e para pessoas de todas as faixas etárias. Há uma ênfase no que pessoas mais velhas podem fazer para criar novos circuitos no cérebro (sinapses) a fim de compensar a perda natural de neurônios com o envelhecimento, mas todos os ensinamentos e dicas se aplicam a qualquer idade porque, quanto mais cedo uma pessoa começar a pôr em prática tudo que é necessário para o aprimoramento do cérebro, mais benefícios vai colher.
O dr. Restak, como neurocientista e escritor especializado no cérebro humano, baseando-se em conhecimento e experiências próprias e várias pesquisas e estudos de colegas, fez uma compilação de informações úteis para o aperfeiçoamento do cérebro, da memória (com dicas sobre exercícios físicos e mentais, jogos, dietas e nutrição adequada, comportamentos, testes) e para o que é possível fazer para a prevenção de doenças degenerativas como o mal de Alzheimer. Explica também sobre como ocorrem os vários processos no cérebro, contando coisas muito interessantes e desconhecidas pela maioria, e de que forma cada exercício age para que o leitor entenda realmente os benefícios dos conselhos e dicas que está seguindo, já podendo colocá-los em prática enquanto lê. Todas as orientações o livro que dá sobre o cérebro, para que seja mantido saudável e possa ser aprimorado, levam, conseqüentemente a uma qualidade de vida em geral bem melhor e à longevidade. Uma leitura bastante agradável, esclarecedora e útil.

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Evidências da Vida Após a Morte



Título Original:    Evidence of the Afterlife
Autor:                   Jeffrey Long               
Editora:                 Larousse
Ano/Tradução:     2010

Sinopse:

O dr. Jeffrey Long expõe seu estudo pioneiro sobre a experiência de quase morte e apresenta sua fundação, a NDERF e respectivo site. Ele cita vários pesquisadores anteriores, que publicaram livros e estudos nas últimas décadas, contando que foi através deles que surgiu o seu interesse em estudar a EQM, apesar de ter sido, em princípio basicamente cético por ser um homem da ciência. Depois que ouviu o seu primeiro relato de uma EQM de uma amiga, ficou impressionado e começou a estudar o assunto a fundo, passando a acreditar firmemente na existência da vida após a morte.
Os dois principais objetivos do livro são explicar a EQM e divulgar o estudo da NDERF. São explicados os elementos da EQM, como:
1. Experiência fora do corpo (EFC): separação da consciência do corpo físico.
2. Sentidos Aguçados
3. Emoções ou sentimentos intensos e geralmente positivos
4. Passagem por um ou dentro de um túnel
5. Encontro de uma luz mística ou brilhante
6. Encontro com outros seres; ou seres místicos, ou parentes ou amigos falecidos
7. Uma sensação de alteração de tempo ou espaço
8. Recapitulação de vida
9. Encontro de planos sobrenaturais (“celestiais”)
10. Encontro ou aprendizado de um conhecimento especial
11. Encontro de um limite ou barreira
12. Retorno ao corpo, voluntário ou involuntário
Na parte referente ao estudo, como foi feito através do site, o autor tem o cuidado de explicar cada etapa de sua realização e endossar sua validade, graças à metodologia séria e abrangente aplicada. O site onde o participante preenche um questionário relatando sua EQM também contém relatos de EQMs e várias partes traduzidas para outros idiomas, inclusive o questionário. Assim, há a possibilidade de que muitas pessoas de outros países, onde o inglês não é predominante, relatem sua EQM em seu idioma, para depois ser traduzida. Desse modo, no estudo há relatos de EQMs de várias partes do mundo, inclusive de países não ocidentais, o que permite um estudo transcultural. Ele concluiu que as EQMs são praticamente iguais em conteúdo no mundo inteiro, ou seja, que aquilo que as pessoas vivenciam é característico da própria EQM, não de suas culturas.
O livro foi feito com base em 617 EQMs selecionadas do site e estudadas/analisadas a fundo. Há várias passagens dos relatos de EQMs ilustrando o livro. O estudo fica ainda mais interessante pelo fato do autor ser médico e ter conhecimento especializado para poder apurar as ocorrências de morte clínica como verdadeiras. Ele se diz impressionado com o fato das pessoas terem uma consciência fora do corpo, pois ela ocorre em momentos em que o cérebro não tem atividade alguma, quando não pode haver consciência física. Outro tema que aborda são as EQMs dos cegos, inclusive cegos de nascença, que acabam “enxergando” durante a EQM. Há também relatos de curas inexplicáveis após uma EQM. O autor utiliza todas as características das EQMs para compor linhas de evidências, argumentando que uma ou duas já seriam surpreendentes, mas que as nove linhas de evidências que reúne formam uma prova irrefutável da existência da vida após a morte (essas nove linhas de evidências estão intituladas de Prova 1 a Prova 9 e compõem capítulos, onde explica uma a uma).

Comentários Pessoais e Sobre a Minha Tradução:
Pesquisei o suficiente para a tradução e a fiz totalmente de acordo com o original, como são as traduções, mas confesso que, como leitora também, esse assunto me intrigou. Claro que não sou especialista no assunto, como é o autor, que também faz um trabalho totalmente sério na sua área, mas acredito que esse assunto desperta a curiosidade de todos.
Acontece que, como o nome já diz, ter uma Experiência de Quase Morte é quase morrer. Evidentemente, é traumático quase morrer, como nos casos estudados pelo livro, que aponta as circunstâncias envolvidas nas respectivas situações de risco. Este é um assunto extremamente sério e não tem nada a ver com religião. E esse “quase morrer” não acontece apenas quando uma pessoa passa a ficar numa situação extrema numa mesa de operações; pode acontecer em variados tipos de acidentes ou ataques, segundo explica o autor. A “quase morte” descrita no livro e nas EQMs é o caso em que a pessoa está clinicamente morta, sem consciência e, portanto, não apta a ter sonhos e alucinações, e acaba voltando através da ressuscitação feita geralmente por médicos ou paramédicos. Em algumas situações de quase morte, algumas dessas pessoas passam por uma experiência surpreendente, tendo, digamos, um vislumbre, de como é o outro lado antes de ter a chance de voltar. Apesar de tudo, poderia se ter a impressão de que seria uma oportunidade mística ter uma EQM, mas não é algo que se possa escolher, nem muito menos induzir. Segundo o próprio autor alerta, ninguém deve buscar por conta própria aquilo que não lhe tiver sido determinado pela vida.
Na minha opinião pessoal quanto aos mistérios em geral, acho que já sabemos tudo o que nos é suficiente saber. Daí creio que essa seja a razão para esses "vislumbres" apenas, que certamente, creio eu, não devem ser ignorados. O autor, por sua vez, se empenha ao máximo para tentar elucidá-los, na medida do possível, com as suas pesquisas aprofundadas, segundo relata.
Antes de ler e traduzir Evidências da Vida Após a Morte (e, portanto, pesquisar bastante sobre o tema), eu mesma sabia bem pouco a respeito. Só ouvia aqueles casos de pessoas falando que tinham visto uma luz muito brilhante no final de um túnel e não entendia muito _ porque não tinha informações mais claras a respeito. Cada leitor, naturalmente, poderá formar a sua própria opinião depois de ler o livro, que é muito interessante. Esse livro do dr. Jeffrey _ um cientista cético que, através de informações e de seus estudos científicos, passou não apenas a acreditar, mas a pesquisar EQMs de modo aprofundado, separando o que julga verdadeiro do que não é _ é um trabalho abrangente sobre o tema. Pude entender que o maior problema que uma pessoa que tem uma EQM enfrenta, além do trauma em si, é a incredulidade alheia. Segundo o autor, ninguém acredita, alguns chegando a ridicularizar essa questão da luz no túnel, achando que a pessoa sonhou, ou teve alucinações ou enlouqueceu por um período. Não se sabe porquê, em se tratando de um assunto tão importante, ele é tão pouco divulgado pela mídia – o da EQM propriamente. O assunto de vidência já é mais abordado, mas observa-se também tanta charlatanice nas questões místicas que as pessoas ficam confusas e descrentes. É o que vemos, por exemplo, sendo mostrado no filme Além da Vida (Hereafter), de Clint Eastwood, com Matt Damon, que assisti recentemente e recomendaria a quem gosta do tema. Temos uma ideia do que é uma EQM através do filme, além da bela e sensível história, bastando apenas pesquisar mais a respeito quando houver interesse em buscar mais conhecimento.
Foi o que achei mais fascinante nesta tradução. É um assunto tão envolvente e interessante, com tantas evidências apontadas pelo autor, que não foi difícil traduzir o livro. Foi uma tradução que fluiu muito bem e é o que acontece quando apreciamos o assunto. Nem mesmo a minha espécie de “síndrome do jaleco” (eh,eh!) me fez sentir mal-estar diante de certas descrições de alguns dos acidentes (descrições imprescindíveis, no caso). Acho que não me senti mal porque, segundo o autor explica, acabamos sabendo que aquelas pessoas não morreram; que acabaram ficando bem. Então, essa parte não representou um obstáculo difícil a vencer na tradução. O dr. Jeffrey Long e sua equipe recrutam tradutores voluntários para traduzir os relatos sobre EQMs para outros idiomas a fim de que pessoas do mundo todo possam contar suas experiências e, do mesmo modo, mais pessoas possam ler a respeito. Tive até vontade de me oferecer como voluntária para algumas traduções também (encaixando-as de algum jeito na minha rotina atarefada), porque me interessei pelo trabalho dele e sei quanto é sério, e apenas não fiz isso por medo de todos esses detalhes médicos/clínicos/hospitalares que eu teria de explicar/pesquisar minuciosamente. E também não traduzo livros específicos de medicina e  de alguns outros que acredito que exijam um acompanhamento bem de perto de um profissional da respectiva área. De qualquer modo, é uma tradução que gostei muito de fazer.
Quem desejar mais informações sobre o assunto, além da leitura do livro, o dr. Jeffrey Long tem um site (disponível em inglês e vários outros idiomas, inclusive português) de sua Fundação de Pesquisas sobre EQMs, a NDERF, que pode ser facilmente localizado na internet.
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A Hora É Agora


Título Original:    It’s Your Time
Autor:                   Joel Osteen                           
Editora:                Larousse
Ano/Tradução:     2010



Sinopse/Comentário:
Embora não seja mencionada a Lei da Atração aqui, o autor usa o mesmo princípio em que acredito. Tudo o que desejarmos, devemos pedir a Deus (não ao “Universo”, apesar de que, para muitos, esse é um dos conceitos de Deus) e, se tivermos fé o bastante, conseguiremos. Mas também acho que devemos ser merecedores e fazer a nossa parte.
Existe a chamada corrente “Evangelho da Prosperidade”, que diz que devemos pedir tudo a Deus, mas praticamente do mesmo jeito de em O Segredo, como se Deus fosse um “gênio da lâmpada”.
Joel Osteen não é declaradamente dessa corrente, propondo isso de um jeito mais brando. Ou seja, ele afirma no livro que as pessoas têm de ser positivas, seguir os caminhos de Deus, que têm de lembrar a si mesmas que são filhas de Deus e, como um Pai, Ele quer o melhor para elas. Demonstra que, se a pessoa mantiver a sua fé, Deus lhe concederá bênçãos que já tem preordenadas em seu futuro, incluindo crescimento, prosperidade, abundância, saúde, boas oportunidades, relacionamentos, pois Deus já tem planos para cada um de nós. Só que, para que essas bênçãos sejam concedidas, a pessoa tem de acreditar, ser boa, fazer a sua parte e adotar uma atitude positiva na vida, mesmo em tempos de crise e diante das adversidades, pois as adversidades nada mais são do que um meio que leva uma pessoa a crescer depois. Diz que coisas que nos parecem impossíveis no plano natural, Deus fará no plano sobrenatural. Deus nos fez capacitados, mas tem o poder de suprir nossas deficiências para que alcancemos o êxito.
Com uma linguagem simples e direta que envolve o leitor, além de citar passagens bíblicas e fazer comparativos com o nosso cotidiano, Joel Osteen fala de algumas experiências pessoais, do crescimento de sua igreja, a Lakewood, fundada pelo falecido pai e, agora, a maior dos Estados Unidos, depois que a mudou para o Compaq Center, um antigo estádio; relata casos de pessoas que venceram dificuldades através da fé.

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Crematório


Título Original:        Crematorio
Autor:                      Rafael Chirbes
Editora:                   Almedina do Brasil
Tradutor:              Miguel Serras Pereira
 Ano Adaptação   2010

Sinopse:

A história é contada principalmente em primeira pessoa, do ponto de vista de Rubén Bertomeu, rico arquiteto e empresário da construção civil. Através dos pensamentos, reflexões e lembranças de Rubén, abalado com a morte do irmão Matias, com quem tivera uma relação complicada, vai se tecendo a história, que, apesar de contada dessa maneira, é dinâmica, viva, vibrante. Também há o ponto de vista dos demais personagens, que vão revelando seu verdadeiro caráter e segredos. A narrativa se passa na costa da Espanha e vai girando em torno de assuntos como a destruição do meio ambiente e a especulação imobiliária, que foi transformando a paisagem. Por vezes, com sarcasmo, ironia e amargura, Rubén vai revelando as nuanças da sua relação difícil com a filha Sílvia, que o acusa de destruir a natureza; da quase complacência com a esposa Mônica, bem mais jovem e fútil, e da hostilidade de Sílvia para com esta; da antiga cumplicidade mas atual descontentamento com o antigo funcionário corrompido, Collado.  O irmão dele, Matias, havia sido romântico e idealista, mas acabara se tornando uma espécie de rebelde sem causa, trocando a revolução por interesses mais pessoais. A trama ainda engloba corrupção, trocas de favores, sexo, ambição desmedida, negócios escusos, drogas, conflitos de interesses, expondo toda a crueza de que é capaz o ser humano.


Abaixo, um texto simples (que não pertence ao original), apenas para exemplificar o trabalho necessário neste tipo de adaptação entre o português lusitano e o do Brasil:

A rapariga desce do autocarro com o seu irmão. A seguir, os dois enfrentam uma bicha enorme para entrar no cinema. Na saída, eles se põem a comer umas sandes e a tomar gelados de natas; o miúdo também quer rebuçados. Estão com fome, apesar de terem tomado um bom pequeno-almoço. Enfim, numa loja, a rapariga está a comprar uma calça de canga. “O que é que tu queres comprar agora?”, pergunta o miúdo. A irmã ri-se imediactamente, a lembrar-se das praias fixes de algures que viu no ecrã do cinema. “Um fato de banho!”

A jovem desce do ônibus com o seu irmão. Em seguida, os dois enfrentam umafila enorme para entrar no cinema. Na saída, eles comem sanduíches e tomamsorvete de creme; o menino também quer balas. Estão com fome, apesar de terem tomado um bom café da manhã. Enfim, numa loja, a moça está comprando uma calça jeans. “O que é que você quer comprar agora?”, pergunta o menino. A irmã ri imediatamente, lembrando-se das praias legais de algum lugar que viu na tela do cinema. “Um maiô!”

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Whisky Classificado

Título Original:     Whisky Classified
Autor:                    David Wishart               
Editora:                 Larousse              
Ano/Tradução:      2009  



Sinopse/Comentário:

É um livro sobre single malts destinado tanto a leigos quanto a especialistas. Os especialistas poderão ter uma bela publicação em português, uma vez que não há muitas a respeito, com informações sobre seus whiskies favoritos e destilarias, comparar seus dados de classificação, esclarecer dúvidas, etc. Os leigos passarão a entender um pouco a respeito de whisky; sua curiosidade será ainda mais despertada, como também a vontade de degustar um bom whisky de verdade. A classificação pelo paladar proposta por David Wishart é mais simplificada e clara para todos sem deixar, ao mesmo tempo, de ser abrangente. Além das informações técnicas sobre as destilarias, há comentários sobre as lendas, mistérios, dados históricos e cenários deslumbrantes em torno delas, o que desperta no leitor a vontade de fazer um tour pela esplêndida Escócia e conhecer seu whisky de perto. Ou ao menos fazer um tour virtual pelos vários sites de destilarias que ele sugere e “viajar” através das informações de seu livro.

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O Elefante e a Pulga


Título Original:     The Elephant and the Flea

Autor:                    Charles Handy               
Editora:                 Almedina do Brasil              
Ano/Tradução:      2009  

Sinopse/Comentário:


O Elefante e a Pulga, além de uma analogia é, em parte, uma autobiografia, onde Charles Handy _, nascido em 1932, na Irlanda do Sul _, faz um apanhado geral sobre sua trajetória pessoal e profissional, ao mesmo tempo em que expõe seus conceitos inovadores e opiniões ecléticas.
O consagrado autor conta sobre suas origens (e como elas o influenciaram no futuro) numa área rural da Irlanda, onde o pai era pastor protestante de uma paróquia e eles viviam num vicariato. Levavam uma vida simples, modesta, voltada para a religião, sendo que o pai era austero, econômico e lhe deu uma educação regrada, enraizada em princípios morais sólidos.
Charles Handy prossegue, em sua linguagem clara e acessível, com um relato sobre as escolas públicas britânicas onde estudou. Comenta que, há mais de meio século, tinham uma disciplina severa demais, com punições, métodos retrógrados, e fala do próprio sofrimento na interação com os alunos que maltratavam os demais.
O autor conquistou, então, uma bolsa de estudos, tornou-se executivo da Shell, estudou no MIT, nos EUA, fundou a pioneira London Business School, onde criou o primeiro programa e lecionou para executivos.
Ele aborda sua antiga insatisfação nas organizações, as quais chama de Elefantes em sua metáfora e, enfim, a decisão, aos 49 anos, de se tornar uma "pulga", um profissional independente. Diz que, nessa época, decidiu colocar em prática as idéias que sempre defendera de que, cada vez mais, as pessoas deixariam as organizações elefante para se tornarem pulgas, ou por vontade própria de independência e liberdade, ou por necessidade, porque as empresas estariam ficando cada vez mais “enxutas”, terceirizando seus serviços, reduzindo custos, havendo fusões, e haveria um futuro com cada vez menos empregos formais.
Handy decidiu se tornar um “profissional de portfólio”, termo que ele mesmo criara para definir como uma pessoa independente dividiria seu trabalho em: trabalho remunerado, trabalho voluntário, trabalho de estudo e trabalho doméstico (tarefas da própria casa).
Conta sobre suas próprias incertezas no início, sobre as dificuldades em se readaptar, pois precisava da renda para sustentar a família, mas não trocaria aquela liberdade por nada. Já havia começado a escrever livros e passou a dar aulas de administração, montado um esquema inusitado com a mulher, Elizabeth, a quem adora e é sua companheira inseparável em tudo e empresária. (São tão unidos que no livro, muitas vezes, ele escreve em segunda pessoa, se referindo sempre a ela, “nós isto, nós aquilo; em nossa casa, etc., o que mantive como estilo dele sem ficar explicando toda a hora que ele se referia a Elizabeth; só quando ele mesmo citava o nome). Ambos decidiram dividir o ano de modo que pudessem encaixar os 4 tipos de trabalho de portfólio (ela própria também se dedicando à sua carreira como fotógrafa), viver com o dinheiro que estipularam ser o suficiente para ganhar, agora que os filhos já haviam saído de casa, e valorizando acima de tudo o tempo que sobraria para os outros tipos de trabalho e lazer, além do trabalho remunerado.
Handy torna-se bem-sucedido em sua vida de pulga e continua assim por décadas, fazendo muito sucesso com seus livros, cuja renda considera modestamente como um bônus pelo estilo de vida escolhido.
O livro foi escrito em 2001, mas continua bastante atual em todas as considerações e previsões que o autor faz para o mundo dos negócios que, do jeito como ia, só podia acabar gerando a grande crise recente (embora ele não cite isso especificamente). Handy fala do capitalismo; da desigualdade social; de toda a nova tecnologia e de como influencia nossa vida; de seus sonhos de um mundo melhor para todos; das tendências das organizações de quererem e valorizarem profissionais cada vez mais especializados e principalmente criativos, inovadores; da terceirização cada vez maior e das mudanças nos elefantes; da tendência das pessoas de se tornarem pulgas, aprendendo a contar consigo mesmas, sem a proteção das organizações ou do governo.
É, sem dúvida, um homem sábio, íntegro, justo e extremamente admirável, com grandes filosofias e visões para um mundo melhor.



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Paulina Bonaparte: A Princesa do Prazer


Título Original:      Pauline Bonaparte – Venus of Empire
Autora:                  Flora Fraser   
Editora:                 Ediouro  
Ano/Tradução:   2008   


Sinopse/Comentário:

     Esta foi uma das traduções mais difíceis que já fiz, mas, ao mesmo tempo, uma das mais gratificantes, porque, além da complexidade da história em si, traduzi o livro para o português quando estava sem internet, por alguma razão ou outra.
   Na etapa da pesquisa, passei vários dias mergulhada até o pescoço em livros, com vários volumes de enciclopédia abertos na mesa, livros de história antigos e do sebo esparramados à minha volta, para estudo e comparações. Sem mencionar os mil e um papéis de anotações minhas formando pilhas e pilhas ao redor. E o que me pareceu penoso demais na época _ devido aos famosos prazos apertados, que já fazem parte da rotina dos tradutores, e a tanto esforço _ hoje me traz grande satisfação profissional e redobra a minha autoconfiança na função que exerço. Porque é exatamente assim que traduzo: estudando, pesquisando e aprendendo sempre mais, buscando fontes confiáveis, comparando-as, etc.
    Afinal, como tanta gente já sabe e diz, não é apenas porque algo está publicado num livro ou na mídia, ou porque está postado na internet que significa necessariamente que é verdade. Assim, o tradutor precisa averiguar a veracidade dos dados que pesquisa. Neste caso, por exemplo, tive de checar nomes próprios que foram aportuguesados ao entrarem para a História, dados e nomes de batalhas e locais em geral onde toda a história vai se passando, porque a maioria tem um equivalente em português, além de todos os termos, expressões idiomáticas, etc.
     “Paulina Bonaparte: a Princesa do Prazer” é um livro de teor inédito em publicações, uma biografia fiel, contando sobre uma personagem histórica que ainda não havia sido praticamente divulgada nas publicações em português, a não ser como “a irmã de Napoleão”. Tendo como pano de fundo a ascensão e queda de Napoleão, a autora fez uma detalhada e minuciosa pesquisa em arquivos, diários, cartas, etc. na França, na Itália e em parte na Inglaterra, reunindo material suficiente para traçar um perfil completo sobre Paulina Bonaparte.
     Paulina foi ousada para sua época, pois, embora ao que pareça, fosse comum que as mulheres tivessem amantes, talvez pela ausência dos maridos nas guerras, etc., ela era do tipo que agia abertamente. Colecionava seus amantes e não se incomodava em deixar que o mundo soubesse a respeito. Vaidosa, vivia preocupada com seu guarda-roupa, a aparência, a última moda em Paris. Era também considerada a mulher mais bonita da Europa em sua época e adorava ser cortejada. Não teve o menor pudor em posar seminua para a estátua de Canova, Vênus Vitoriosa, que causou alvoroço no passado e continua testemunho de sua beleza até hoje.
     Tinha uma saúde frágil, o que se agravou depois do período que passou em São Domingos (Haiti), e abalou-se emocionalmente após ter perdido o marido Leclerc na antiga colônia e, pouco mais tarde, o filho de ambos, Dermide, de seis anos. Vivia viajando pela França e a Itália principalmente, fazendo tratamentos em estâncias termais, para se curar de sequelas deixadas pelo parto e talvez também por doenças venéreas, segundo relata a autora. Por outro lado, mostrou-se forte, corajosa, leal, enfrentando as terríveis tribulações da campanha em São Domingos ao lado de Leclerc, não se dispondo a abandoná-lo lá por nada.
     Paulina Bonaparte possuía uma personalidade marcante, dizendo sempre o que pensava, doesse a quem doesse. Também era caprichosa, esperando que todos os seus desejos fossem atendidos, chegando a submeter criados e pessoas de seu convívio a papéis ridículos, como quando usou o pescoço de uma dama de companhia para apoiar os pés. Vários boatos, rumores e escândalos são associados ao seu nome, como ninfomania, lesbianismo e incesto com o irmão Napoleão, mas, segundo a autora, a maior parte deles fez parte de uma campanha de difamação promovida pelos inimigos de Napoleão.
     Quanto ao relacionamento de ambos, Paulina era a irmã favorita de Napoleão, e ele sempre procurou orientá-la através de cartas e sermões para que se comportasse com o decoro necessário e à altura de sua corte. Praticamente nunca negou nada a ela, e os laços entre os dois eram muito fortes, quer tenha havido incesto ou não. O livro explora mais os laços fraternos e mostra Paulina ora orgulhosa das conquistas de Napoleão, ora preocupada com seus momentos difíceis, além de enciumada em relação a Josefina e, mais tarde, Maria Luísa.
     Prova, ao final, quanto é dedicada e leal a Napoleão, vendendo os próprios bens para ajudá-lo no exílio em Elba, sendo a única da família a ir vê-lo na ilha, além da mãe, ali chegando a morar por um período para lhe fazer companhia. Depois, implorou pelo bem-estar dele quando Napoleão já estava na precária Santa Helena, tentando intervir junto ao governo inglês e até se dispondo a ir vê-lo na longínqua ilha, o que não se deu porque ele acabou falecendo antes.
     Após a vida simples em Ajácio, na Córsega, onde nasceu em 1780, de sua ascensão ao se casar com o general Leclerc e, mais tarde, com o príncipe Camilo Borghese (de quem viveu separada a maior parte do casamento como a princesa Borghese) de ter-se tornado a princesa e duquesa de Guastalla (por nomeação de Napoleão) e de ter conquistado seu próprio lugar na sociedade por ser uma mulher independente, determinada, ambiciosa, astuta, Paulina morreu perto de completar quarenta e cinco anos em 1825, em Roma, onde conseguiu viver luxuosamente no exílio após a morte de Napoleão.
     Este é apenas um apanhado geral da história rica em detalhes e acredito que dê uma ideia de quanto o livro é interessante de se ler, pois o apreciei não apenas como tradutora, fazendo a tradução imparcialmente como deve ser, mas também como leitora.

Paulina Bonaparte: A Princesa do Prazer
Autora: Flora Fraser
Tradução de Tina Jeronymo

Ediouro

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Minha Vida Como Traidora


Título Original:       My Life as a Traitor
Autores:                  Zarah Ghahramani (e Robert Hillman)
Editora:                   Ediouro               
Ano/Tradução:        2008    




Sinopse/Comentário:

É uma história verídica, contada em primeira pessoa e em “tempo real”, muito bem escrita. É dramática, sem ser apelativa, pois, juntamente com a tragédia pessoal da autora, é traçado um panorama geral de vários de seus pontos de vista e das tradições persas. O leitor acompanha cada etapa chocante do que acontece a ela em Evin, conhecendo uma realidade terrível, mas, ao mesmo tempo, tem a chance de se entreter com uma cultura que, para a grande maioria, é totalmente nova.
Zarah Ghahramani tem 20 anos e, depois de ter participado de manifestações estudantis com um grupo de amigos da Universidade de Teerã, onde estuda, é apanhada na rua e levada para a prisão de Evin, por volta do ano de 2001. É colocada numa das inúmeras celas sozinha e, vendada, é submetida a interrogatórios. Prisioneira política, é tratada como se fosse uma perigosa criminosa, embora seja uma garota inofensiva. Sob o jugo de dois interrogadores, uma mais brutal, o outro mais frio mas igualmente cruel, ela é torturada mentalmente com inúmeras perguntas, é humilhada e sofre agressões físicas. Querem que ela confesse que é contra o regime, que entregue seus amigos, principalmente Arash, o manifestante que ela conheceu na universidade e pelo qual se apaixonou. Ela já tivera suas convicções, mas a influência de Arash só as aumentou.
Zarah vai enfraquecendo, quase perdendo a vontade de viver, num cubículo sem janela, mal-alimentada, com permissão para apenas um banho semanal e um cobertor para dormir no chão de cimento. Temendo a dor e mais sofrimento, estaria disposta a assinar qualquer coisa, a fazer qualquer coisa para se livrar e quase chega a se arrepender do que fez, embora tenham sido meros protestos de adolescente contra o regime, meras aspirações por um pouco mais de liberdade. Seus torturadores conseguiram praticamente acabar com ela, mas não fazê-la perder suas convicções.
O único alento de Zarah em Evin é Sohrab, prisioneiro que já perdeu a conta de quantos anos está em Evin e parece ter enlouquecido. Ele está na cela acima da de Zarah, e ambos conversam através do duto de ar no teto onde ficar o ventilador coberto por grade. Sohrab tem seus momentos de lucidez, quando não está gritando, xingando os guardas e sendo espancado por eles, e é crucial para que Zarah suporte sua tribulação.
Enquanto narra sua história, ela a permeia com um panorama sobre o Irã e a Pérsia antiga. Fala sobre os horrores da guerra Irã-Iraque (1980/1988) e como ela podou sua infância. Explica como era o Irã na época do xá Reza Pahlevi, que acabou sendo deposto com o regresso do aiatolá Khomeini, em 1979.
Zarah conta sobre o amor de sua família de classe média, que era liberal dentro de casa e a criou em dois mundos: o primeiro no seio da família, onde a mulher era respeitada e ela podia ter suas opiniões e estudar, mas também foi ensinada a conviver no mundo externo, cheio de regras e restrições. Apesar de manter as aparências desejadas, conforme foi crescendo, ela não pôde deixar de se questionar e contestar. Estudante de idiomas e apaixonada por literatura, fala sobre seus escritores e poetas favoritos, destacando os grandes nomes da literatura iraniana. Demonstra sua paixão pela universidade, onde fortalece suas convicções e começa a participar das manifestações políticas e seu desejo de liberdade. Em princípio, como a maioria das demais garotas, só quisera a liberdade de poder andar com os cabelos soltos, expostos ao sol, vestir o que desejasse, expressar seus sentimentos. Suas queixas são contra a opressão, o rigor excessivo, a hipocrisia. O regime, porém, não admite a menor oposição e Zarah e seus amigos se veem em sérios apuros.


Comentário Sobre a Minha Tradução:
Esta foi, como de costume, uma tradução desafiadora, que me levou a fazer várias pesquisas sobre outra cultura e costumes e gostei muito de fazê-la, pois, por um lado, não há como um leitor não se comover com a narrativa da jovem Zarah daquela época, mas, na parte da tradução em si, como também sempre gostei muito de história e de conhecer outros povos e culturas, fiz pesquisas muito produtivas sobre a Pérsia antiga, sobre o Irã, seus costumes, culinária, escritores, poetas e período histórico, passando a conhecer um pouco mais de outra cultura, como já havia feito num livro anterior sobre um assunto semelhante, embora aquela fosse uma história totalmente fictícia. Mas, como digo, cabe ao tradutor, especialmente em histórias verídicas, checar os dados históricos, nomes de lugares, etc., para colocá-los na tradução da mesma maneira que estão no original, mas com o seu equivalente em português, no nosso caso.


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Desejo a Zarah, onde quer que esteja, a beleza, a suavidade, a gentileza das flores; a liberdade, a inocente alegria
das borboletas.
Para sempre.

I wish Zarah, wherever she is, the beauty, the pureness, the gentleness of flowers; the freedom, the innocent joy
of the butterflies.
Forever.

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Como os Sábios Decidem



Título Original:   How the Wise Decide (The Lessons of
                              21 Extraordinary Leaders)
Autores:               Bryn Zeckhauser e Aaron Sandoski       
Editora:               Ediouro  
Ano/Tradução:    2008  
 

Como os Sábios Decidem (As Lições de 21 Líderes Extraordinários) é uma obra que permanecerá sempre atual, não apenas em tempos de crise e não apenas no mundo empresarial, porque o ser humano vive numa eterna busca de soluções para problemas e diante de uma constante necessidade de tomada de decisões. Problemas e decisões difíceis existem em qualquer área, naturalmente, não apenas no mundo corporativo. Apesar de ser um guia escrito por gerentes para gerentes, repleto de conselhos de como se tomar grandes decisões, acredito que ele sirva de inspiração para qualquer pessoa, pois os estudos de casos são claros, interessantes e elucidativos. 
Evidentemente, o livro está mais atual do que nunca agora, época em que vivemos uma crise financeira global. Os autores, BRYN ZECKHAUSER e AARON SANDOSKI, fizeram um estudo aprofundado de três anos de duração com 21 dos líderes mais extraordinários do mundo, cuja atuação tem se dado em setores diversificados. Entre eles, encontram-se John Whitehead, do Goldman Sachs; David Maxwell, membro da lista de “Os 10 Maiores CEOS de Todos os Tempos” da revistaFortune; juiz Stephen Breyer, da Suprema Corte dos E.U.A; Stephen Schwarzman, presidente e CEO (Chief Executive Officer) da The Blackstone Group, a poderosa empresa de investimentos; Harvey Golub, responsável pela guinada na American Express na década de 1990; e Dermot Dunphy, ex-presidente e CEO da Sealed Air.
Como os Sábios Decidem é dividido em partes importantes onde são abordados seis princípios fundamentais para a tomada de decisões, debatidos diretamente com os sábios líderes: Ir Direto à Fonte, Encher uma Sala com Bárbaros (pessoas com opiniões diferentes), Vencer o Medo de Correr Riscos, Fazer da Visão o Seu Guia Diário, Ouvir com Propósito e Ser Transparente. Enquanto cada princípio é explicado e cada um dos 21 líderes é apresentado, sua história de superação e sucesso é relatada, muitas, sendo, inclusive, lendárias no mundo corporativo. A pergunta-chave do livro é: Como os líderes realmente bem-sucedidos tomam as decisões difíceis? Cada história de cada um desses líderes é fascinante porque eles tomaram decisões corajosas, arrojadas, que, por vezes, até contrariaram o que desejava a maioria, ou o que parecia mais seguro e viável.
Para ilustrar, cito uma das minhas histórias favoritas do livro, a do ex-CEO da Starbucks, Orin Smith, que, numa época em que analistas julgaram praticamente impossível expandir ainda mais o mercado interno da Starbucks, ele encontrou a solução para expandi-la em mercados ainda não explorados, mantendo o nível de crescimento com sua determinação, empenho e uma sábia decisão. É uma história imperdível e está no primeiro capítulo, Ir Direto à Fonte, que discorre sobre esse princípio. “Ir Direto à Fonte” foi exatamente o que Orin Smith fez, descobrindo que havia um mercado ainda inexplorado e amplo que queria ter a Starbucks, o que resultou no encontro da solução perfeita para os negócios da empresa.
E a exemplo da história de Orin, as dos demais líderes são igualmente cativantes, tornando o livro uma leitura agradável, útil, que prende até o final.
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Slash



Título Original:     SLASH
Autor:                    Slash with Anthony Bozza
Editora:                 Ediouro
Ano/Tradução:      2008

Sinopse e Comentário Sobre a Minha Tradução:


A autobiografia de Slash, Saul Hudson, nascido na Inglaterra em 1965, é uma verdadeira viagem pelo mundo da música. Slash conta sobre seus gostos musicais pessoais desde pequeno e vai traçando uma interessante linha do tempo desde, principalmente, a década de 1970 até os tempos atuais. Só por isso, para quem gosta de música (praticamente todo mundo), este já é um livro imperdível, que adorei traduzir e é o meu favorito. O curioso é que o original tinha sido entregue a outra pessoa para traduzir, mas não foi possível por causa do prazo, e eu acabei tendo o privilégio de traduzi-lo.
O livro contém drama, humor, amizade, Rock, um pouquinho de "Além da Imaginação" e, seguindo o relato feito por Slash, Anthony Bozza o escreveu com seu grande estilo.
É um livro que serve como um guia de “todas as coisas que não devemos fazer”, a fim de evitar a autodestruição, pois há um preço muito caro a se pagar. Mas também é um guia sobre o que devemos fazer, sim: lutar pelos nossos sonhos. Praticamente um autodidata, Slash se tornou um grandioso e aclamado guitarrista por esforço próprio, dando a volta por cima na delicada questão do GN'R e nos problemas pessoais. Com seu carisma, talento e integridade, Slash tem atraído uma legião cada vez maior de apaixonados fãs, tornando-se uma lenda viva do Rock.
Na época em que o Guns N’ Roses estava em seu apogeu, Slash se firmava como um guitarrista extremamente talentoso, sim, mas alguém escondido atrás de uma montanha de cabelo e de uma cartola. Como a maioria dos fãs, eu nunca conheci Slash, ou Saul Hudson, como pessoa (embora tenha tido a sorte de vê-lo pessoalmente, como na foto abaixo), só me encantei sempre com os seus acordes irresistíveis e com aquelas músicas incríveis. Foi somente depois que traduzi o livro do Slash que passei a admirá-lo como pessoa também (Como costumo dizer, para traduzir um livro você tem de tentar entrar um pouco na mente do autor, compreender suas ideias na medida do possível para poder transmiti-las da maneira mais precisa possível, enquanto lê e relê o original muitas vezes no processo, mas sempre sendo imparcial na sua tradução e foi o que eu fiz.)
Embora a tradução tenha sido imparcial, como deve ser, na minha opinião pessoal de leitora, Slash se revelou uma pessoa amável, sensível, batalhadora, generosa, do tipo que realmente se importa com os outros, uma pessoa acessível, que não deixou o sucesso subir à cabeça.

Slash fala da infância, de suas amizades, das peraltices, dos tempos de escola, de seu fascínio por cobras e bicharocos em geral. É de chamar a atenção a sinceridade com que Slash faz o seu relato, tão bem conduzido por Anthony Bozza na preparação final. Tratando-se de uma narrativa franca, temos a impressão, ao longo do livro, de que estamos num bate-papo descontraído com o autor. E se quer saber de todas elas, tintim por tintim, leia o livro; é ótimo.
Outro aspecto que chama a atenção é o talento nato de Slash para a música e a guitarra. Sem muitos recursos, ele aprendeu a tocar praticamente sozinho, começando a usar o famoso violão da avó e lendo dúzias e dúzias de partituras, tocando junto com os discos de seus grupos de rock favoritos. Foi seu empenho que lhe permitiu o sucesso de sempre em seus projetos musicais (Assisti aos shows dele em São Paulo e, como fã, fiquei boquiaberta com a energia que o homem tem para esmerilhar naquela guitarra; a gente perde o fôlego só olhando para ele!) 
No livro, naturalmente, Slash conta sobre toda a sua trajetória no Guns N’ Roses, como a banda começou, como conheceu seus integrantes, sobre os altos e baixos, o sucesso estrondoso, a sensação de ser famoso, as turnês, os shows de abertura para os próprios ídolos antigos como o Aerosmith e o Mötley Crüe. De maneira semelhante à Roma, houve inevitavelmente o declínio da banda - o que foi uma pena, porque eles eram perfeitos juntos, com uma química incrível. Não que eu possa tomar partido como tradutora, naturalmente _ e em todas as histórias existem as versões de todos os envolvidos, claro. De qualquer modo, são águas passadas.
Prosseguindo com o livro, há o lado sombrio e dramático, há as profundezas para as quais o vício infelizmente traga um ser humano às vezes. Apesar da tradução imparcial, como leitora acho que toda essa parte de vícios/drogas/álcool/fumo/autodestruição deve ser encarada como um guia do que NÃO se fazer na vida. Em sua autobiografia, Slash conta como adquiriu seu apelido e também a cartola que se tornaria sua marca registrada na época em que teve de improvisar uns “modelitos” para os shows.
Há um lado muito bem-humorado no livro que é cativante. É possível dar boas risadas com algumas trapalhadas de Slash, como na época “glam” da banda, ou quando ele teve de se vestir de mulher para entrar numa boate. Uma das minhas passagens favoritas é quando ele conta que mergulhou do palco com tudo durante um show, indo para a galera com a cara e a coragem, mas o mar de gente se abriu bem diante dele e Slash se estabacou no chão. Então, fingindo indiferença, ele levantou, sacudiu a poeira e voltou ao palco para continuar tocando. Acho que essa é uma ótima descrição para a trajetória dele: Slash sacudiu a poeira e deu a volta por cima.

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Show: Espaço das Américas,
 São Paulo, Nov. 6th, 2012


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SLASH'S BOOK, MY TRANSLATION TO PORTUGUESE, AND COMMENTS:


     The autobiography written by Slash, Saul Hudson, born in England in 1965, is a real trip throughout the music world. Slash tells us about his musical preferences since he was a kid and traces an interesting time line since, mainly, the 1970s till present day. This alone, for those who enjoy music (almost everyone, I guess), would turn it into a “must-have” book. In Guns N’ Roses golden days, Slash was (and always will be, of course) an extremely talented guitarist, indeed. But, to me, as a rock fan, at that time he was still someone hidden behind a mountain of hair and a top hat. The curious thing is that this book has been given to another translator who wasn't able to do it because of the deadline, and I ended up having the privilege of translating it. 
     Of course, as most fans, I've never really known Slash, nor Saul Hudson, as a person. I only know the things I've read about him, and I love his irresistible rock music and riffs and those incredible songs (Though I was lucky to meet him in a show, as in the picture above.) But it was only after I translated Slash’s book that I came to admire him as a person as well. As I use to say, to translate a book, you have to enter a bit into the author’s mind, to understand his/her ideas to be able to transmit them in the most precise way, while you read the book hundreds of times in the process. But always, as a translator, you have to transmit all this in a detached way, and so, this translation of the book to Portuguese is impartial as it must be.
     As a reader, though, I think Slash revealed himself a generous, gentle, sensible, determined person. Slash talks about his childhood, his friendships, the mischievousness of the youth, of school times, and his fascination for snakes and exotic animals in general. It’s amazing the candidness Slash uses to give us his account, so perfectly transmitted by Anthony Bozza’s style as he wrote the book. As Slash talks with all his heart, we’ve got the impression, throughout the book, that we're in a kind of chat with our idol as readers. (If you want to know it all, his book is really great to read.)
     Another admirable aspect is Slash’s innate talent for music and to play guitar. Without many resources, he learned to play practically by himself, starting using his grandmother’s famous flamenco guitar and reading dozens and dozens of sheet music and guitar tabs, while playing together with his favorite rock bands’ albums. His efforts ended up enabling him to achieve great success in his musical projects. (I went to his shows in São Paulo in 2011 and in 2012 and was amazed to see the energy the man has to play his guitar. We get breathless just looking at him as fans!)
     Naturally, in his book, Slash tells us about his trajectory in Guns N’ Roses, the way the band started, how he met the other members, about ups and downs, the huge success, what he felt becoming famous, the tours, the opening shows to his own idols, like Aerosmith and Mötley Crüe. Like Rome, there was the inevitable decline of the band, and it was a pity because they were perfect together, with an incredible chemistry, as all gunners would agree. And it’s not a report about choosing sides _ in all stories everybody has his/her own version of the facts, his/her points of view. Anyway, I guess certain aspects are all water under the bridge now, and concerning the parts involved. If I had to use a single word to describe the book itself as a reader I would say it’s about “endurance”.
     And my translation, naturally, was totally impartial as translations must be, transmitting all the contents as they are in the original book, though I’m also giving my own opinions as a reader in this article. The translation itself to Portuguese was long and hard with lots of slangs, technical details about music, playing and recording, references to countless people, places, etc. etc., and it demanded lots of researching. But it was very pleasurable indeed. It’s my favorite among all the translations I’ve done. Because when  one translates a book, the result is much better when he/she also enjoys it as a reader first. And I’ve been lucky enough to always translate things I enjoy.
     In the book, there is the somber and dramatic side, the deep darkness to which addiction unfortunately drags human beings sometimes. As a reader, I think this part about addiction/drugs/alcohol/smoke/self-destruction must be faced as a guide about what NOT to do with our lives.
     In his autobiography, Slash tells us how he has gotten his nickname, and also the top hat that would become his trademark when he had to improvise some garments for shows. There we find drama, friendship, nostalgia, a lot about Rock, a bit of something like the “Twilight Zone”, and there’s a lot of sense of humor in the book too, what’s very charming. We can laugh with some of Slash’s mishaps, as he talks about them, including the glam period of the band, or when he had to dress like a woman to go inside a nightclub.
     One of my favorite of those parts is when he jumped straight from the stage during a show and the audience parted like the Red Sea, and he fell hard on the floor _ a kind of miscalculation. Then, as if nothing had happened, he cleaned the dust, went back to the stage and kept on playing. I think that’s a good metaphor for the way he gathered up the pieces of his old life and turned it into a greater success.

Slash With Anthony Bozza
Translation to Portuguese: Tina Jeronymo

Ediouro



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A Filha da Minha Melhor Amiga


Título Original:     My Best Friend's Girl
Autora:                  Dorothy Koomson
Editora:                 ARX
Ano/Tradução:      2008

Sinopse/Comentário:
Uma história interessante, envolvente, que trata de vários temas que fazem parte do nosso dia-a-dia. Podemos nos identificar com Kamryn Matika, que não é perfeita, que é como todo mundo, com seus medos, inseguranças, questionamentos. O lado dramático da história é bem dosado porque é visto através do ponto de vista de Kamryn, mostrando seu sofrimento, mas também seu caminho para a superação. Há também uma boa dose de bom humor porque Kamryn é irreverente muitas vezes, não hesita em dizer o que pensa até nas situações mais delicadas, passa seus apuros como todo mundo e acaba mostrando aqueles medos exagerados que quase todos acabam tendo, mas que acabam sendo cômicos para quem observa.
Kamryn Matika sofreu todo o tipo de insulto na escola e cresceu em Londres sem nunca conseguir se livrar do estigma de feia e gorda. Tornou-se retraída, resguardada e aparentemente antipática, a fim de se preservar. Até que conheceu Adele Brannon na faculdade da cidade de Leeds e ela venceu suas barreiras a custo, ambas se tornando grandes amigas. Adele também sofrera muito com o pai e a madrasta, que a haviam achado indesejável, maltratando-a física e verbalmente. As duas amadureceram juntas na faculdade, Adele, embora ainda continuando expansiva e aberta demais, ficou mais segura, mais confiante. Kamryn perdeu algum peso e aprendeu a não deixar que a atingissem mais, criando um escudo em torno de si. A vida sexual de ambas era intensa, com Adele acreditando no amor, mas disposta a desfrutar a vida com os homens enquanto não encontrasse o dos seus sonhos e Kamryn não acreditando no amor, mas finalmente se abrindo para o sexo, mas não emocionalmente, de maneira que ninguém mais pudesse atingi-la como no passado.
Depois da faculdade, as duas vão morar juntas num apartamento em Londres, e Kamryn acaba se tornando bem-sucedida na carreira, trabalhando numa importante cadeia de lojas de departamentos. Agora, todos lhe dizem que é bonita, sensual, mas não consegue acreditar, por causa do trauma de infância. O problema é que se envolve com os homens errados, que se mostram bons em princípio e, depois, querem tentar controlá-la, dizendo-lhe que deve perder alguns quilos. Kamryn passa a apresentar uma fachada de total confiança, escolhendo o homem que quer a dedo, jamais se deixando envolver e, então, dispensando-o antes que ele possa magoá-la. É por essa razão que quando conhece Nathaniel Turner, tem medo de um relacionamento e acha que tem de afastá-lo.
Kamryn e Adele são amigas inseparáveis até que algo acontece... algo que mudará a vida todos para sempre.

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Desafios Gerenciais


Título Original:     81 Challenges Smart Managers Face
Autor:                    Tim Connor
Editora:                 Futura
Ano/Tradução:      2008

Sinopse/Comentário:
Autor de best-sellers e especialista em vendas, Tim Connor apresenta uma coletânea exclusiva com 81 desafios que inúmeros gerentes enfrentam, incluindo aprender a delegar, estabelecer e alcançar metas, contratar os funcionários certos e manter o equilíbrio em tudo.
É um excelente e prático manual para executivos, pois abrange de maneira sucinta mas elucidativa os temas mais importantes sobre gerenciamento. O formato é ótimo e convida à leitura, inclusive a quem tem pouco tempo, porque o leitor também pode escolher rapidamente o tópico que lhe interessa ou precisa consultar. Mesmo que algumas pessoas não o leiam na seqüência em princípio, o livro acabará despertando o interesse de qualquer modo e sendo lido por inteiro, ao final. Pode também ser considerado um guia perfeito para se ter na biblioteca da empresa. E, apesar de ser destinado a executivos e empresários, pode ser útil para qualquer pessoa, pois ensina o que é politicamente correto, de boa índole, e os valores e princípios são os mesmos que qualquer ser humano deve ter em quaisquer circunstâncias da vida.
Talvez, para alguns executivos ou empresários, certos assuntos ou explicações pareçam óbvios, mas como eu mesma digo: É uma pena quando o óbvio se torna tão óbvio que passamos a ignorá-lo.

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Deixe Para Amanhã


Título Original:     Do it Tomorrow
Autor:                    Mark Forster
Editora:                 Futura/2007
Ano/Tradução:      2008


Sinopse/Comentário:

Leitura simples, direta, objetiva. O autor apresenta seu conceito inovador para a administração do tempo, que é o de se adiar as tarefas que surgem num dia para o dia seguinte e fazê-las. O que quer dizer é que, quando uma pessoa se vê com uma montanha de trabalho, não sabe o que “atacar” primeiro, perde-se e, ao final, acaba não fazendo nada ou bem pouco. Separando-se o volume de trabalho atrasado, exceto alguma pendência urgente, e deixando-o de lado, para ser feito um pouquinho por dia com o serviço atual, pode-se “começar do zero” no dia seguinte. Organizada e sem o estresse causado por todo aquele acúmulo, a pessoa inicia o dia com uma lista já pronta de coisas a fazer e as faz. Enfim, ela consegue realizar suas tarefas diárias; eventualmente dá conta de tudo o que estava atrasado e passa a ter o controle de seu tempo, aprendendo a administrá-lo eficientemente.

De um modo sutil, simples e ao mesmo tempo genial, Mark Forster leva uma pessoa a pensar se talvez não esteja faltando disciplina em sua vida, se não está desperdiçando o tempo, ou empregando-o mal, se não está adiando tanto certas coisas que acaba não as fazendo nunca, mesmo as mais corriqueiras. Principalmente, ele nos leva a refletir sobre aquelas coisas que desejamos e nunca acabam saindo do papel e também sobre coisas muito importantes que, se realizadas, podem ser decisivas para a vida, trabalho ou negócio próprio. E ele não apenas nos abre os olhos e nos leva à reflexão, mas nos ensina como podemos realizar tudo. Achei o autor de uma sabedoria incrível e o livro tão prático e contagiante que pude começar a aplicar seus princípios ainda enquanto o estava traduzindo.

Breve Descrição:
“O livro anterior de Mark Forster, Get Everything Done and Still Have Time to Play usou uma abordagem totalmente nova sobre a administração do tempo. Um de seus pontos mais importantes foi o de que, uma vez que assumimos um compromisso, a priorização não funciona porque temos de fazer tudo o que está relacionado a tal compromisso. Ao longo dos seis anos desde que ele escreveu aquele livro, enquanto chegou até milhares de pessoas através da obra escrita, de seminários e treinamento, continuou a desenvolver e a aprimorar seus métodos. Ele agora aperfeiçoou métodos ainda mais eficientes de se fazer tudo através da introdução de algumas idéias novas e radicais, incluindo listas fechadas, o princípio mañana e a lista das “coisas que serão feitas”, que expõe neste livro. Mark Forster é brilhante em ajudar pessoas a usar novas formas de comunicação eficazmente, para que elas não se tornem tiranas. O resultado é um sistema completo que dará condições a praticamente todos de cumprir um dia de trabalho em um dia.”

Obs.: 
Quando você sente empatia pelo autor e texto, a tradução flui muito melhor. As dicas de administração de tempo de Deixe para Amanhã são inovadoras e fáceis de colocar em prática, mostrando-se realmente úteis. Mas aconteceu algo decepcionante aqui, especialmente porque foi justamente no livro de Mark Forster, a quem admiro por seu brilhantismo, um livro que me orgulhei muito de ter traduzido.
Depois de ter traduzido o livro com tanta dedicação, ele foi publicado com o nome de outra tradutora, não o meu. Paciência. Foi um mero equívoco de preparação que ficou de ser corrigido numa 2ª edição do livro... Tenho a tradução que fiz guardada em CD junto com o contrato de cessão de direitos e o que me importa é que eu sei que a fiz. Fiquei muito chateada na época, mas já deixei para lá faz tempo. Quem liga, afinal? Infelizmente, às vezes não se presta atenção no nome do autor do livro, quanto mais no do tradutor...

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Seu Chefe Foi Criado por Lobos?

Título Original:     Was Your Boss Raised by Wolves?
Autor:                    Gerald M. Groe
Editora:                 Futura
Ano/Tradução:      2007

Sinopse/Comentário:
Para ser fiel ao autor é impossível não se usar a metáfora do lobo na tradução, pois, escolhida especificamente por ele, é citada de várias formas no texto.
É um livro de fácil compreensão e leitura agradável, com ganchos e um estilo bem-humorado que prendem a atenção do leitor até o final. Não apenas trata do assunto de chefes maus, dando dicas de como um subordinado deve compreendê-lo melhor para aprender a conviver com ele e se beneficiar, como também orienta em relação a outros tópicos, como:
. Desenvolvimento e planejamento da carreira atual e futura.
. Panorama geral sobre as políticas atuais das empresas em relação a funcionários/trabalho/gerenciamento.
. Estilos de liderança (como ser um bom líder, como gerenciar o chefe, como interagir com subordinados, colegas e superiores).
. Avaliações de desempenho. Dicas sobre como ir pedindo feedback sobre seu trabalho ao chefe ao longo do ano e manter o diálogo contínuo sobre todas as questões pertinentes, para não ser surpreendido com uma avaliação de desempenho desfavorável (quando é o caso).
. Estímulo aos canais de comunicações abertos entre chefes e subordinados para que metas, delegação de trabalho e demais assuntos sejam transmitidos e compreendidos com clareza.
. Dicas para que um profissional seja assertivo, dinâmico, participativo,  trabalhe bem em equipe e se prepare para crescer dentro da empresa ou para o mercado externo.
. Conselhos para que um profissional mantenha sua rede de relacionamentos e dicas de como fazê-lo.
. Casos reais, histórias, fábulas, textos traçando um paralelo entre o comportamento dos lobos e o dos profissionais, para enfatizar pontos e servir como exemplos úteis.
Ideal para a biblioteca pessoal, de empresas e também uma excelente ferramenta para ser usada no intuito de aprimorar as relações entre chefes e funcionários.

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Insaciável



Título Original:     Fat, Free and Fatal
Autora:                  G. A. McKevett
Editora:                 ARX
Ano/Tradução:      2007

Sinopse/Comentário:
É um típico romance policial com uma trama bem construída, que prende o leitor e não o deixa desconfiar do verdadeiro criminoso até o final, quando há a revelação inesperada. Apesar de conter algumas passagens mais violentas e cruas, elas são sempre abrandadas com muito senso de humor, o que torna a leitura bastante divertida até para quem não gosta do mórbido e do grotesco. Além do entrosamento cômico dos ex-parceiros da polícia Savannah e Dirk, há um humor negro imperdível em torno da irmã dela e do cunhado. Ao mesmo tempo, não é uma sátira; é uma história séria com as doses certas de drama e realidade. A maneira como é contada é que torna a leitura fácil, gostosa, sem chocar até mesmo quando deveria.
Savannah Reid tem uma agência de detetives e é contratada como segurança da estrela de cinema Dona Papalardo depois que a assistente dela, Kim, fora assassinada na porta de sua mansão. Savannah conta com a ajuda de sua própria assistente, Tammy, e do velho amigo, o investigador e tenente da polícia Dirk Coulter, de quem já fora parceira na época em que ela também fora policial, vários anos antes.
Todas as pistas indicam que o assassino é um homem que atirou de uma colina acima da mansão e que o alvo, na verdade, teria sido Dona, devido à semelhança dela com Kim. Depois de ter-se tornado uma atriz nacionalmente aclamada, Dona se afastara do estrelato por alguns anos por ter engordado muito. Agora, está prestes a retornar, novamente magra, depois ter feito uma cirurgia de redução de estômago. Fora desnecessária no seu caso, feita por mera vaidade e, agora, Dona paga o preço, tendo sua saúde afetada. Ela afirma ter inimigos e tem ódio dos tablóides que a haviam ridicularizado pelo excesso de peso e sempre exposto sua vida. Mesmo seguindo as pistas e os instintos, e contando com a ajuda de Dirk, Savannah nem imagina o que está prestes a descobrir!

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MIRAGEM



Título Original:     Mirage
Autora:                   Soheir Khashoggi
Editora:                  ARX
Ano/Tradução:      2007

Sinopse/Comentário:

  
História com ótimo enredo e bastante ação, rica em detalhes sobre costumes do mundo árabe e várias pequenas histórias paralelas e interligadas. Prende o leitor, flui facilmente e com coerência e o texto todo tem conteúdo interessante. É um drama com leves pitadas de descontração, contado de maneira objetiva, realista. Procura ser quase imparcial nas questões religiosas em si, bem mais elucidativo do que crítico, mostrando o descontentamento da protagonista com a submissão da mulher e os excessos que podiam ser cometidos em nome do Islã, devido a certas interpretações de um país conservador demais como al-Remal, que é fictício.
A história conta a trajetória de Amira Badir, desde a infância e adolescência na década de 1960 até a idade de 39, em meados da década de 90. Fala sobre os fortes laços de amizade com o irmão, Malik, pouco mais velho do que ela, o elo com a melhor amiga, Laila, que é morta por apedrejamento por adultério, o suicídio da mãe, Jihan, por não ter suportado a escolha do marido de uma segunda esposa, seu casamento, violência doméstica, fuga para os Estados Unidos e nova identidade como a dra. Jenna Sorrel, psicóloga.
Vivendo no país conservador e de regras rígidas de al-Remal, no Oriente Médio, Amira segue as tradições da rica família muçulmana, mas, desde pequena, sonha com a liberdade que é negada às mulheres, principalmente a de instrução. Não tendo a permissão de ir estudar no Cairo com o irmão, Malik, ela se torna autodidata, aprendendo com os livros dele e a mãe acaba conseguindo convencer o enérgico marido, Omar, que a filha precisa não apenas de uma babá, mas de uma preceptora. Assim, Amira torna-se culta e instruída, a ponto de ser escolhida para se tornar a esposa do jovem e bonito príncipe Ali Rashad, da casa real de al-Remal. Mas Ali acaba se revelando um homem que desrespeita todas as regras do Islã, usando a religião como pretexto para sua brutalidade. A principal crítica do livro é contra a violência doméstica, onde quer que aconteça.

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Um Vestido Perigoso

Título Original:     A Dangerous Dress
Autora:                  Julia Holden
Editora:                 ARX
Ano/Tradução:      2007


Sinopse/Comentário:
Esta é a divertida história de uma jovem que deixa a sua pacata cidadezinha americana no meio do nada em busca de reconhecimento e de uma vida emocionante. É inevitável nos identificarmos com Jane Stuart, imaginarmos sua reação quando se vê diante de acontecimentos inusitados e de algumas das maiores celebridades do cinema e do mundo da moda. Ainda mais quando muitas dessas coisas acontecem na envolvente Paris, onde ela também se apaixona. Mas o que parece ser um mar de rosas ameaça se tornar um maremoto na vida dela. O que mais falta acontecer com Jane?, acabamos nos perguntando, solidários, porém entre muitos risos. As venturas e as desventuras da garota se devem a nada mais do que um vestido... um vestido muito especial, deslumbrante, que aparece em sua vida como num passe de mágica. Uma antiga relíquia de família, na realidade, um poderoso vestido capaz de mudar o rumo da até então entediante vida de Jane para sempre...

Este foi um texto tranquilo para traduzir. É bastante claro, preciso e coerente. A narrativa é em primeira pessoa, o que nos torna mais íntimos da protagonista. Quando escrevemos em primeira pessoa, temos de ficar atentos à coerência de todos os elementos gramaticais e tomar cuidado para não exagerar no uso do pronome pessoal (me, mim, comigo) e do pronome possessivo (meu, minha), dosando-os na medida certa.
O tradutor tem de ser fiel ao autor e tive o cuidado de preservar ao máximo o estilo da autora neste texto, que é descontraído, bem-humorado, irreverente. O tradutor também é um pesquisador, precisando entender dos assuntos que traduz e procurar o equivalente em sua língua materna para o original. A maior necessidade de pesquisa neste caso foi referente a termos do mundo da moda e locais na França, principalmente em Paris, onde acontece a maior parte da ação. Também são usadas muitas gírias americanas e devemos observar aqui as sutilezas relacionadas ao convívio entre americanos e franceses. Também são citados filmes, seriados, livros, os quais, quando há título em português (como geralmente há), têm de constar na nossa língua. Na menção a celebridades da vida real não foi preciso adaptações, pois são todas conhecidas. Em geral, nas traduções de textos fictícios, quando são citados programas ou pessoas reais que são famosos no país de origem, mas nem tanto aqui, observo que isso é traduzido usando-se uma pessoa ou programa brasileiros. Acho que não se encaixa bem, pois o leitor sabe que a história se passa num outro país.
Enfim, quando a leitura é agradável, a tradução também se torna agradável e o trabalho flui melhor, o que foi o caso em “Um Vestido Perigoso”.

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O Príncipe dos Lugares Perdidos

      
Título Original:     Prince of Lost Places
Autora:                  Kathy Hepinstall
Editora:                 Best Seller
Ano/Tradução:      2004

Sinopse:
Este é um livro bastante original que daria um ótimo filme com uma fotografia espetacular e eletrizantes efeitos especiais. Com o elenco certo, seria um blockbuster. Mas como é um livro, temos de contar com a nossa imaginação para fazermos essa jornada de aventura, suspense e emoções à flor da pele com Martha.
Como acontece com a maioria, Martha fica traumatizada com a violência de um atentado na escola de seu filho. Martha, porém, recorre a extremos que talvez poucos teriam a coragem de enfrentar.
Tendo o misterioso deserto de Chihuahuán, na fronteira dos Estados Unidos com o México, como pano de fundo, Martha acredita estar fazendo o melhor para proteger o seu filho do mundo perigoso. Com um enredo muito bem escrito, a autora ainda nos reserva um impactante segredo do qual seus intrigantes personagens giram em torno.

Comentário Sobre a Minha Tradução:
A maior dificuldade nesta tradução foi a que se encaixa na categoria “Como se traduz acarajé para o inglês?” Não se traduz. O texto da história em si foi tranqüilo porque é curto, tem uma linguagem fácil, acessível e é bastante claro e coerente. Quando cheguei à parte do deserto de Chihuahúan, onde a maior parte da história é ambientada, é que tive de “fritar os miolos”. Além dos termos de espeleologia para pesquisar, há uma porção de descrições de ambientes, plantas e animais que são típicos dessa região e, para alguns, não existe tradução no português. Então, foi fácil; só deixar como estava, certo? Não, primeiro, você precisa descobrir se não existe tradução mesmo, para deixar o mínimo de coisas possíveis no idioma estrangeiro. A não ser que sejam palavras estrangeiras que já foram praticamente incorporadas ao nosso vocabulário, como canyon (no caso aqui, havia muitos termos típicos em espanhol também). Não existindo tradução, você deixa como está, em itálico, mas tem de encontrar um meio de fazer o leitor entender do que se trata, sem jamais deixar de ser fiel ao autor. Só que temos de lembrar que o que é óbvio para uma pessoa pode não ser para a outra. Há situações em que se pode/deve fazer uma pequena adaptação, mas não neste caso em que tudo é típico de um lugar que não é fictício. Muitas vezes, temos de recorrer às notas de rodapé. Particularmente, como leitora, não gosto muito de uma leitura cheia de notas de rodapé, porque acho que elas tiram a atenção do texto principal, mesmo tendo a ver com ele, e desconcentram um pouco. Assim, como tradutora, eu me coloco tanto no lugar do autor, procurando entender exatamente o que ele quis passar, e também no lugar do leitor, com a certeza de que este vai entender o que foi transmitido. Usando as notas de rodapé só quando realmente é necessário, às vezes acrescento uma explicação bem sucinta no próprio texto. Por exemplo, “o cacto cholla”, as "árvores salt cedars" e assim por diante.
Gostei muito de fazer esta tradução, pois, além de me ensinar várias coisas, é uma história envolvente, que nos prende, tem um ótimo conteúdo e um desfecho surpreendente.

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Tradução dos Primeiros Livros

A NOVA CULTURAL

     Algum tempo depois da faculdade de tradução, comecei a traduzir livros em casa. Descobri que é uma profissão que adoro e que, apesar de parecer monótona e solitária a muitos, asseguro que é cheia de desafios.
     Comecei meio por acaso, na Editora Nova Cultural, onde fiz um teste, não passei, fiz outro e, ficando mais apresentável, este me abriu as portas para o mundo da tradução. Sempre considerei a Nova Cultural como uma segunda casa, uma família mesmo. É uma editora tão tradicional que se tornou uma instituição no Brasil.
     Naquela época, apenas ela produzia esses livros românticos de banca que o mulherio adora, além de vários outros tipos de publicações renomadas. Além de outras coisas, eu também lia esses livros chamados de “água-com-açúcar” para descontrair e até pensava com os meus botões: “Já pensou traduzir um destes?”
     Existem letrados e eruditos que torcem o nariz para esses tipos de livros, dizendo que não têm conteúdo literário. E daí? Acho que existe espaço para todo o tipo de literatura.         Praticamente até bula de remédio é literatura, a seu modo. Você pode ler um livro leve desses para relaxar, ler um gibi (amo a Turma da Mônica e leio até hoje), uma revista... enfim, o que der vontade, o que fizer você se sentir bem.
     O fato de você ler um livro “água-com-açúcar” não quer dizer necessariamente que lê apenas isso. Como diz a minha querida amiga Patrícia da NC, um tipo de literatura não exclui o outro. E como eu digo, o legal nesta vida é ser eclético. Não pensem vocês que, só porque o livro era de banca, não se exigia rigor absoluto em relação ao português correto, coerência do texto, de fatos históricos, geográficos, culturais, etc.
     Esses livros sempre foram traduzidos, revistos, editados e publicados com primor. Algumas histórias eram mais simples, outras mais complexas, exigindo pesquisas, sim, mas todas tinham de sair sempre no capricho.
    A Nova Cultural sempre contou com profissionais, entre funcionários e colaboradores, do mais alto nível. Entre tantas pessoas que admiro, e não mencionarei todas porque receio esquecer alguém, tenho de citar a minha querida amiga Janice, por quem tenho um carinho todo especial.
     Quanto ao meu mentor, Roberto, esse é um capítulo à parte. Roberto, agora aposentado, mas sempre trabalhando em algum assunto literário, além de escrever textos maravilhosos, era o meu editor. Desde o meu inesquecível primeiro livro (Timeless Rituals), ele se tornou o meu mentor. Sempre me orientou da melhor maneira possível, transmitindo-me seu conhecimento, dando-me um puxão de orelha quando era necessário, apontando os meus erros com a intenção de que eu me aperfeiçoasse, enfim... me ajudando a me tornar uma tradutora cada vez melhor. E nunca, absolutamente nunca, o Roberto me deixou faltar trabalho na editora. Devo muito a ele profissionalmente, meu mentor e leal amigo.
     Ele é meio ranzinza às vezes e não gosta que eu o chame de mestre, mas tem sido mesmo o meu mestre para assuntos editoriais/literários.
     Foram mais de 140 livros traduzidos para a Nova Cultural e não há como comentar um por um sem me estender demais, é claro. Portanto, deixo registrada aqui toda a minha afeição por essa editora que, por muitos e muitos anos, me acolheu como um passarinho tímido e, enfim, me lançou para alçar outros voos.


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International Translators' Day - September 30th - St. Jerome _ Patron Saint of Translators

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Como referência, estes são links externos relativos a alguns dos livros que traduzi para o português:

As a reference, these are a few external links related to some of the books I translated to Portuguese:

SL Revista Eletrônica - Slash

Folha UOL – O Atlas Mundial do Whisky

Google Search
Tina Jeronymo O Atlas Mundial do Whisky

Publishnews – Whisky Classificado

Livraria Cultura

Livraria da Folha – Desafios Gerencias

Dicas da Capital

Livraria da Travessa

Livraria da Travessa – Armas – Uma História Visual de Armas e Armaduras

ISBNS.Net

Google Livros
   
Obs: Não ganho nada com vendas de livros. Recebo da editora apenas uma vez no ato da entrega da tradução em si.
I don't earn with book selling, I'm paid just once when I do the translation itself.