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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

Sobre o Blog / About the Blog - Link:

Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Vida Eterna


                                                        Foto: Solange
Concluí meu passeio de bicicleta pelo parque hoje com o pensamento de que não há razão para não gostarmos das segundas-feiras. Sei que não são todos que têm o privilégio de pegar uma “bike” logo cedo, ir ao parque para praticar Tai Chi e, “de quebra”, ainda tirar fotos amadoras das mais deslumbrantes que já consegui. É como costumo dizer, você tem de estar em sintonia com a Natureza para que ela seja receptiva em contrapartida. Está tudo lá, ao alcance dos seus olhos, para você se banquetear: árvores, flores, água, folhagens, arbustos, pássaros, borboletas, enfim...
Falando em borboletas, vocês não vão acreditar! Hoje cedo uma borboleta posou literalmente para mim. Tirei fotos dela de todos os ângulos possíveis. Linda! Depois, outra borboleta amarela, igualmente linda, pareceu querer “brincar” comigo, surgindo a todo o instante, mas fugindo da lente, como quem dissesse: “Ei, quem manda neste parque somos nós, criaturinhas de Deus”.
Não custa reiterar que temos de respeitar e reverenciar a Natureza, apreciá-la como ela realmente merece. Desse modo, ela sempre estará lá, receptiva, para a desfrutarmos sabiamente. Convidativa como... digamos... uma fatia de bolo de aniversário!
 Foto: Solange
E aniversários, flores e esta data, que agora caiu numa segunda-feira, me ajudam aqui a deixar mais uma homenagem a uma pessoa muito especial, que está na Santa Paz, e foi uma mãe para mim, tão amorosa e sincera em sua afeição quanto a minha própria mãe. Conforme uma postagem anterior do meu blog, relembro aqui _ e conto para quem ainda não conhece a história _, todos os anos, como neste de 2012, na precisa data do aniversário da minha saudosa sogra, uma planta que era dela floresce. Para mim, esse é um sinal dos mistérios da vida que não conhecemos. Um vislumbre de como talvez seja do outro lado. Confesso que não entendo muito a respeito, pois sou uma pessoa que apenas começou a estudar esses assuntos e, como tal, acredito que seja um sinal de que ela está viva em algum lugar. Por ter amado tanto a Natureza e dedicado especial carinho às suas plantas, é como se, agora, uma delas tivesse se tornado sua “mensageira”.
Assim como a minha doce Esther “falava” com suas plantas _ como eu mesma e tanta gente _, as plantas e tudo que há na Natureza “falam” conosco. Basta estarmos receptivos, em sintonia com o mundo ao nosso redor.






domingo, 9 de setembro de 2012

Mulheres Comuns e Especiais


         A despeito de todos os padrões de moda, beleza, sofisticação e do que é de bom-tom, o fato é que nós, mulheres comuns, formamos a grande maioria. Somos comuns e especiais ao mesmo tempo, especiais para aqueles que nos amam, especiais para nós mesmas. Nos dividimos como esposas, mães, donas de casa e profissionais entre tantas outras coisas na nossa vida “multitarefas”, nos desdobrando entre os mil e um afazeres. E quer sejamos mães, avós, tias, primas, irmãs, amigas de qualquer idade, nacionalidade, credo, todas somos idênticas em algo: sim, somos mulheres comuns e especiais ao mesmo tempo. Todas nós temos sonhos, dormimos acordadas, choramos em filmes comoventes e nos identificamos com a mocinha das deliciosas comédias românticas.
     Adoramos tirar fotos do nosso melhor ângulo e nem ligamos se a luz está boa ou não; “nós” é que queremos estar o melhor possível na foto. Mimamos os nossos filhos, netos ou irmãos mais novos como corujas orgulhosas que somos. Cuidamos do nosso namorado, noivo ou marido e procuramos fazer o melhor por eles. Oh, como eles irritam as mulheres às vezes com as suas manias, apressando-as, não tendo paciência para acompanhá-las a uma loja, mas esquecendo da vida quando ficam entretidos nos seus passatempos favoritos.
      Enfim, naquela ocasião importante, você adora se produzir toda e leva horas diante do espelho, tentando tirar o máximo de recursos dos seus apetrechos, só que o cabelo... Droga, o cabelo, que ficou bom em todas as vezes que você testou o penteado diante do espelho, resolve simplesmente não cooperar muito de repente!
     Ou, então, você ajuda todo mundo a se arrumar para sair e só sobram míseros cinco minutos para si mesma. De qualquer jeito, a apressam e você acaba tendo até de pintar as unhas no banco do passageiro do carro, aplicando uma camada de esmalte em cada semáforo.
     Invariavelmente, sonhamos com os nossos galãs de cinema, suspiramos diante de um lindo pôr do sol e rimos à toa de uma piada boba. Vivemos preocupadas com os quilinhos a mais e juramos que vamos entrar em forma. Adoramos bater papo com as amigas e trocar receitas de bolo. Falamos todas orgulhosas dos filhos e lembramos com saudosismo e melancolia os bons conselhos dos pais.
     Ficamos aborrecidas quando não entramos naquela calça justa, mas nem ligamos se comemos uns dois ou três bombons. Amanhã a gente compensa fazendo um pouco de exercício a mais. Babamos olhando uma joia numa vitrine qualquer, mas o que nos faz felizes mesmo é uma linda bijuteria, dada com todo o carinho por uma amiga, um filho, ou o namorado. Resmungamos às vezes das tarefas de casa, mas adoramos deixar nosso lar um brinco, um recanto agradável e acolhedor onde podemos ser nós mesmas, mulheres tão comuns e especiais.
     Quase temos um treco quando aparece uma espinha no rosto, outra ruga, mais alguns fios de cabelo branco, mas logo pode vir alguém nos abraçar e fazer com que nada disso tenha importância. Ficamos apreensivas antes de abrir um exame, roemos as unhas de ansiedade, saltamos de pavor diante de uma simples e confusa barata, mas somos fortes como uma rocha diante das nossas adversidades. Nos afligimos com os problemas dos outros e procuramos ajudar, porque as nossas amigas também nos ajudam quando nos veem soluçando. Sabemos fazer sorrir, sabemos rir de nós mesmas. Falamos pelos cotovelos, interrompemos a todo instante, mas sabemos quando é a hora de ouvir os outros.
     Fazemos amigas em qualquer canto e lugar, contando nossa rotina diária numa fila de banco ou num consultório, dando dicas e conselhos umas às outras na feira, ou no mercado. Elogiamos a roupa ou o cabelo umas das outras quando percebemos que a nossa amiga está com a autoestima lá embaixo, porque somos amigas verdadeiras, sempre dispostas a encorajar as demais.
     Trocamos confidências e fazemos, sim, uma fofoca inocente, ou outra, porque talvez seja da nossa natureza feminina. Pois adoramos ficar tricotando. Tentamos imitar as revistas, desejando um pouco de glamour também, naturalmente, mas logo esquecemos isso e voltamos à nossa vida comum porque sabemos como ela, no fundo, é especial.
Porque nós somos mulheres comuns e, ao mesmo tempo, tão especiais.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Preparados para a Vida


     Todo ser humano precisa ter, ao menos, noções básicas sobre os assuntos da vida em geral. Apesar de ainda haver preconceito hoje em dia _ e quem tem preconceito contra alguém por alguma razão esquece que, de um jeito ou de outro, também é objeto de preconceito alheio _, a retrógrada mentalidade de que certos assuntos pertencem aos homens e outros, às mulheres tem mudado bastante, felizmente. As coisas evoluíram muito em relação à antigamente, os “universos” feminino e masculino têm se mesclado de uma maneira positiva em diversas áreas.
    O ponto que quero ressaltar aqui, porém, não está relacionado a machismo, feminismo, guerra dos sexos e assuntos desse tipo. Está mais voltado para o ser humano em si. Ninguém é empregado pessoal de ninguém _ com exceção dos que são especificamente contratados para isso e são remunerados de acordo.
     Há pessoas que fazem os outros de empregado, como o marido que fica com a bunda grudada na poltrona e não levanta nem para pegar um copo de água, mandando a mulher ir buscá-lo. Há a mulher que chama o marido só porque acabou a luz (acenda uma vela, criatura!), ou liga a todo o instante para o serviço dele para pedir que “passe no caminho” e leve algo para casa. Há a criança que chama a mãe para tudo... Tanto que a palavra “mãe” fica gravada, ecoando no ouvido dela eternamente, e ela se vira para olhar a cada “mãe” proferido por toda e qualquer criança ao redor. E assim por diante. A maioria das pessoas, no entanto, pede determinadas coisas aos outros porque não consegue fazê-las sozinha.
     Não estou dizendo que o ser humano deva ser autossuficiente. Ao contrário; ninguém é autossuficiente. Todos precisam dos outros em vários momentos da vida, nem que seja apenas de apoio moral. E, em muitas situações, é bom mostrarmos ao outro que precisamos dele, fazer com que se sinta útil e necessário. A questão a que me refiro aqui é a da dependência excessiva das outras pessoas; algo que, por sua vez, pode sufocá-las.
     Quando aprendemos ao menos um pouquinho de tudo que é possível, temos mais condições de nos virar sozinhos e, muitas vezes, não sofrer por falta de ajuda, ou por ter de pagar caro por ela. Acredito que todo ser humano tem capacidade para tudo. Ela é desenvolvida de acordo com as aptidões, vocações, preferências e as habilidades que temos mais para determinada coisa do que para outra. Precisa ser assim para o equilíbrio no mundo.
     Há muitas coisas que não aprendemos simplesmente porque não queremos, não despertam nosso interesse, não nos parecem necessárias. Mas acho que é válido e útil termos ao menos uma base, uma noção, de tudo que for possível. O homem que nunca chegou perto do fogão talvez sofra mais tarde, quando se vir obrigado a preparar algo para comer... ou tiver de depender de uma nora malévola para fazer a comida para ele. A garota que nunca pregou um botão, nem nunca passou perto de uma agulha de costura para nada, vai ter de deixar o precioso dinheiro da maquiagem na loja de consertos de roupas da esquina. A mulher que nunca colocou um prego na parede terá de viver atormentando o zelador do prédio para qualquer coisinha (e pagar por isso). A criança que nunca aprendeu a arrumar a bagunça do seu quarto, provavelmente vai ser desorganizada pelo resto da vida. A pessoa que não entende absolutamente nada de carros está sujeita a cair nas garras de algum mecânico mal-intencionado. E assim por diante...
     Quantos casos não ouvimos, por exemplo, de mulheres que sofrem maus tratos do marido, ou que são traídas descaradamente e continuam se sujeitando a uma vida de sofrimento porque não têm preparo algum para se manter sozinhas. Acho que ser dona de casa deve ser uma escolha, não uma imposição. Uma jovem deve estudar, trabalhar fora, ter sua profissão, construir sua carreira. Se, apesar de tudo isso, um dia decidir se dedicar só ao marido, ao lar e aos filhos e for feliz assim, perfeito. Mas conseguindo conciliar casa e profissão, ela não apenas mantém a sua retaguarda em qualquer situação, como também ajuda o marido nas despesas do lar e contribui para um futuro melhor para o casal.
     O jovem que não se acomoda, que aproveita a chance de estudar e ter uma boa profissão, não se sujeitará um dia a um trabalho que não seja gratificante, apenas para ter um meio de sustento.
     Todos devemos aproveitar essa maravilhosa capacidade de aprendizado que nos foi concedida, desfrutá-la como a dádiva que é. E nunca é tarde para aprender, nem para mudar. Basta ter boa vontade, não alimentar preconceitos bobos, ter perseverança e determinação, pois qualquer situação desfavorável poderá ser revertida. Devemos buscar nossa felicidade e, se nos virmos infelizes _ às vezes por situações bem triviais como a dependência excessiva dos outros para coisas simples _, nunca é tarde para aprender.
     Há, naturalmente, inúmeras coisas que não faço (nem tento) como lidar com eletricidade, encanamento, conserto de telhado, etc., mas aí acho que já estamos naquela questão de chamar um especialista para cada caso. Muitas vezes o “Faça Você Mesmo” acaba tendo consequências desastrosas e é aí que deve entrar o “Cada Um na Sua”.

     Outra coisa que confesso que não faço é matar barata (nem com inseticida!). As danadas têm a tendência de “avançar” para cima das pessoas; ou de despencar mortas em cima da gente, ou de voar mesmo desorientas na nossa direção... Sabe-se lá por quê! Na categoria “bicharocos” em geral _ insetos _ sou uma negação, admito. Entre milhares de histórias em que fui vítima dessas pestes, destaco para ilustrar a vez em que joguei uns duzentos baldes de água em cima de uma aranha enorme, que estava no quintal, para tentar afastá-la na direção do ralo mais próximo... e nada! Daí, não pensei duas vezes. Chamei uma vizinha, relatei meu apuro e, com invejável sangue frio, ela se livrou da aranha em dez segundos.

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Cada dia é uma página em branco.
 Seja hoje uma pessoa melhor do
 que você foi ontem. tj*¬