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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

Sobre o Blog / About the Blog - Link:

Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vida de Escritor

     Você publicou seu primeiro livro. Sonho realizado!
     Não houve um evento de lançamento, nem noite de autógrafos, nem mesmo um jantar especial num restaurante chique.
     Você comemorou. Com sua inseparável xícara de café pelando e uma fatia de bolo de fubá, porque você também cozinha _ ou por necessidade ou por gosto. Com o devido orgulho, você comentou com meio mundo que publicou seu livro. Todos ficaram admirados, lhe deram os efusivos parabéns, falaram que mal podiam esperar para ler.
     Ninguém comprou o seu livro, ninguém leu _ nem mesmo o e-book, que é bem mais barato. Nem mesmo para dar uma força. Por quê? O seu livro não é interessante? Deve ser, mas o fato é que, na vida corrida de hoje em dia, a maioria das pessoas não consegue dar conta de tantas coisas para fazer em tão pouco tempo. (Eu mesma tenho uma pilha de livros interessantes só à espera de eu arranjar tempo para lê-los.) E a maioria das pessoas também não tem dinheiro para mais nada.
     Não importa. Você prometeu a si mesmo que, quando tiver dinheiro, vai comprar uns exemplares para dar de presente para algumas pessoas. Nem que seja para enfeitar a estante. Bem ou mal, como uma recordação sua. Até agora, só deu para comprar o seu próprio exemplar _ e olhe lá! E não que você esteja tão preocupado com as vendas em si. Para um escritor, o mais importante é que alguém leia aquilo que escreveu com tanta dedicação.
     Nada abala você. Continua com os seus projetos, vai publicar mais coisas. Nada de ficar naquela de escritor de um livro só. Nesse meio tempo, faz o seu marketing caseiro para divulgar o seu livro, o seu “precious”. Faz postagens exaustivamente no Twitter, cria uma página especialmente para ele no facebook. Implora a todo mundo para curtir sua página.
      Há quase sempre duas hipóteses possíveis, mas costuma haver um só resultado. A primeira é quando poucos curtem a sua página, porque a maioria nem sequer vê a mensagem que você enviou pedindo para curtir, ou esquece, ou deixa para lá achando que isso não tem a menor importância para você. E não deveria ter porque, na segunda hipótese, você conquista milhares de curtidas para a página do seu livro e centenas de retweets nas suas postagens, mas chega ao tal resultado único. Ninguém lê, nem suas postagens e muito menos o seu livro. Comprar, então, é raro. Salvo exceções como as das celebridades, você pode ter duzentas mil curtidas na sua página e terá 3 curtidas em uma ou outra postagem e capa, ou perfil.
Descaso? Não. Praticamente ninguém tem tempo para ler as páginas que curte no facebook, nem os tweets porque a enxurrada de informações é gigantesca, absurdamente grande para que alguém consiga dar conta.
Fazer o quê? Você prossegue incansável com seu marketing caseiro, o seu único meio de divulgação gratuito. Qualquer tipo de marketing positivo é válido, indispensável, para quem quer tentar vender seu peixe. De repente, porém, você percebe que isso anda tomando tanto o seu tempo que não está se dedicando como deveria aos seus próximos projetos. Já teria dado tempo para publicar mais uns três livros. E para que mesmo, se ninguém vai ler, ou comprar?, você se pergunta no final das contas. Bem, como se diz, a esperança é a última que morre... E você prossegue.
     Prossegue durante o tempo que lhe sobra na sua rotina corrida, porque você também tem que trabalhar. Tem que ganhar seu sustento de algum jeito. Já basta ouvir os que lhe perguntam: “Mas para que perder tempo publicando livros? Isso não dá dinheiro. Por que não usa o seu tempo fazendo alguma coisa mais útil? Mais lucrativa?” A sua satisfação pessoal, aquela que não tem preço? É praticamente só ela que vai motivando você.
     Imperturbável, lembra a si mesmo que até pouco tempo nem sequer havia a facilidade de publicar de graça. Lançar um livro parecia uma coisa do outro mundo. Lembra de todos os que jamais chegaram a publicar algo, ou dos que nem sequer podiam contar com um blog para escrever. Então, apesar de todas as dificuldades, publicar de maneira independente vale a pena? Muito. No mínimo, _ e acima de tudo _ você deixará um legado para os seus filhos. As suas palavras. Sem mencionar que é sempre bom para o currículo.
    Você também pensa também em todos os escritores que foram consagrados apenas postumamente, nas dificuldades que enfrentaram, nos calos que cresceram em seus dedos ao manusearem a pena interminavelmente ao longo de pergaminho após pergaminho. Não que você esteja se comparando. Afinal, em meio a inúmeros tipos de escritores, cada caso é um caso. E existem até os muito bem-sucedidos, os que ganham rios de dinheiro merecidamente com obras brilhantes, ou com porcarias, devido ao marketing, ou sorte, ou sabe-se lá o quê.
Não importa. Você prossegue. Inabalável. Nasceu escritor.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Feliz Dia Mundial do Escritor!


     Além das técnicas de escrita e normas do idioma que um escritor aprende para aprimorar seu dom, o mais importante é escrever com os sentimentos. Escrever é um dom que costuma se manifestar ainda na infância, através da facilidade em se criar redações para a escola, diários e textos em geral. Escrever é um dom que anda de mãos dadas com a imaginação. Ela é a principal matéria prima do escritor. Pode-se pedir a um escritor que escreva sobre praticamente qualquer coisa, por mais banal que seja, e as palavras fluirão naturalmente para ele enquanto compuser seu texto.












 

Happy World Writers' Day


     Besides the techniques and rules of his language that a writer learns to improve his gift, the most important thing is to write with feelings. Writing is a gift that walks hand in hand with imagination. Imagination is the main raw material of the writer. We can ask a writer to write about practically everything, even the most trivial things, and the words will flow naturally for him/her when composing his/her text.










sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Messages in Bottles

     In this endless Ocean of information, I just send messages in bottles, and once in a while, someone opens one here and there, though I don’t know if what I write is good, or not. I simply write because I like to write and must do it when something pops into my mind. Maybe this is what inspiration is like, and I always bring paper and pen with me. In this same endless Ocean, everybody sends messages in bottles, and there are more bottles than water itself. So, the only choice is to grab bottles at random and see what messages we are able to find, unless we are looking for specific bottles. Even then, there’s such a giant amount of information every day, we end up overwhelmed by it.
     I admire thousands of people, not necessarily in any kind of order, but I admire people like Paulo Coelho, Brian May, Madre Teresa, a few popes (especially Johh Paul II), Dalai Lama, Sting, Jane Austen, Freddie Mercury, Ghandi, Jerry Lewis, Machado de Assis, St. Michael the Archangel (No heresy at all, but does anybody know if Jesus Himself has got a facebook page?), Xico Xavier, Steve Martin, just to name a few of the famous ones (yes, I’m eclectic), but there are other thousands of anonymous people I like as well. The point is I’m simply not able to see and keep up with all the things I enjoy, to read the wise words or silly stuff I like. It’s impossible, and, with no stress, I just pick one bottle with a message here and there. Except when I have to research something for work, but I’m talking more in terms of the social networks, not books we choose to read, or study. And not to mention all the garbage that, unfortunately, is thrown into this otherwise interesting Ocean…
     As I was saying to my friend recently, I don’t care about this “Like” thing on facebook, though I enjoy when people like and comment my posts, naturally. I like everyone’s pages, it’s just to ask me, and I go there and like it (unless is a satanic thing, or something). So I’m not selective? Not a bit. I also “like” things without people asking me, for sure, and I actually enjoy this stuff people ask me too. But the point is I Like things also to encourage people, ‘cause I know the things they do are important to them, and that they wanna share it. Few are those who like my pages, though, but whatever. To me, what’s the use of 200,000 likes or followers if not a single soul among them will my book, follow my blog, really read my things? Anyway, thanks for the likes; I appreciated each one of them.
     By the way, only a few strangers bought my book, bless them. Not even my close relatives and friends bought my book. But who needs family and friends anyway? lol. Not that I intend to make money with a book, especially not here where books in general are too expensive, except in book sales. No, I have to really work to earn my keep.

Tabebuia Roseoalba (South American White Ipê)