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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

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Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Aprimorando o Uso do Idioma

Língua Portuguesa: Requisito Essencial para Todas as Profissões
Leia muito para, entre outras coisas,
 assimilar a acentuação correta e adquirir vocabulário.

Leia para os seus filhos desde bem cedo,
 ensinando-os a cultivar o saudável hábito da leitura.


      Não sou de corrigir as pessoas na fala, pois acho que isso cabe aos educadores, mas pessoas costumam me pedir para revisar textos. A nossa língua materna é uma questão complicada. Ninguém usa a maneira formal e absolutamente correta do idioma na fala do cotidiano (para não correr o risco de soar pedante) e podemos nos considerar com sorte quando escrevemos impecavelmente certo.
     Mas isso não significa que se deva descuidar do português. Não custa nada fazer uma forcinha para falar um pouco melhor. Problemas de dicção à parte, a serem arduamente resolvidos por fonoaudiólogos, porque, hoje em dia, muita gente fala para dentro... É, ou não é? "A gente" virou "aenti"; "você" é "cê, existe o "kikifoi" e por aí vai _  sem falar que o "internetês" merece um capítulo próprio.
     A questão principal é que as pessoas não se dão conta de quanto seu idioma materno é importante, não apenas em sua vida pessoal, mas principalmente na profissional, que ele é um requisito essencial para todas as profissões. Muita gente acredita que, se não é professor de português, escritor, jornalista, tradutor, não precisa falar português corretamente. Muitos agem como se o seu próprio idioma não fosse parte inerente da sua profissão e cometem infâmias linguísticas e gramaticais. Eles se esquecem de que precisam preparar relatórios, cartas, e-mails legíveis, etc., conversar, expor suas ideias em reuniões, projetos, falar claramente com clientes e por aí afora.
     O idioma materno correto é imprescindível em qualquer área (sem mencionar a necessidade cada vez maior de se falar idiomas estrangeiros). Assim, se você é um aluno que reclama que tem de estudar português, saiba que ele vai acompanhar você durante a vida toda e, quanto mais correto, melhor. Aliás, tudo que aprendemos, acabará sendo útil algum dia, de um jeito, ou de outro. Algo que ajuda imensamente é lermos muito para, entre outras coisas, assimilarmos a acentuação correta e adquirirmos vocabulário.
    O ponto crucial é que muitos profissionais se preparam exaustivamente, fazendo mil e um cursos técnicos, faculdade, pós-graduação, informática, espanhol, inglês, e não dão tanta importância ao português às vezes, o que os leva a correr o risco de cometer derrapadas medonhas.
     É claro que também falo errado no dia a dia às vezes. Como toda boa paulistana, confesso que engulo um "S" daqui e dali, trucidando ocasionalmente o plural. Escapa um "Ai, que dor nas 'costa'" de vez em quando, ou "Tira esses 'pé' daí". Ou uso o "tá", "tô", como todo mundo coloquialmente. Ninguém é de ferro (exceto o Homem de Ferro), certo? Dependendo da situação, temos de dar um desconto para uma escorregadela ou outra.
     Quando escrevo textos e na minha profissão como tradutora, porém, tenho de escrever o mais corretamente possível, sendo que o português chega a ser mais importante até do que o inglês nas traduções, pois ele é o "resultado final" do trabalho. Claro que fico com várias dúvidas e, além das pesquisas que faço, tenho instalado como companheiro inseparável o Aurélio, que considero o melhor dos dicionários de português, além dos dicionários confiáveis online.
     Agora, da mesma justa maneira que as minhas escorregadelas devem doer aos ouvidos dos outros, o que não aguento, o que dói ao primeiro acorde desafinado é o já clássico "para mim fazer" ou "para mim (acrescente um verbo qualquer no infinitivo)". Eu me retorço por dentro quando ouço uma derrapada dessas, embora dê o devido desconto quando quem fala assim é alguém que não teve acesso à instrução. Quando alguém diz “para mim fazer”, tenho de reprimir uma vontade imensa de berrar um "é para EU fazer" a plenos pulmões.
     Há certo tempo, um advogado perdeu toda a credibilidade comigo quando soltou um "para mim fazer". Estava indo bem, eloquente e tudo mais, mas depois do primeiro "para mim fazer", tudo que ouvi foi uma sequência de "para mim ir", "para mim buscar" e sei lá o que mais. Era para resolver uma coisinha corriqueira qualquer, mas não me animei a contratar os serviços dele.
     Não é uma questão de ser chata, mas acho que, se um profissional não aprendeu nem sequer o próprio idioma primeiro, não deve ter aprendido o restante tão bem assim tampouco. E os e-mails que vejo às vezes... Como uma criatura não sabe que tem de usar ponto final, vírgula e outras coisinhas básicas para ser compreendida? De pessoas instruídas, sim, de variadas profissões... Em suma, a fala e a escrita corretas, como vários outros aspectos, são partes importantes da imagem das pessoas, complementando seu “cartão de visitas”.    
     O que ajuda bastante é lermos muito para, entre outras coisas, assimilar a acentuação correta e adquirir vocabulário. O ideal é quando se lê para os os filhos desde bem cedo, ensinando-os a cultivar o saudável hábito da leitura. Uma das coisas mais gostosas da vida, sem dúvida, é ler em família e ler para uma criança.

Uma das coisas mais gostosas da vida é ler
 em família e ler para uma criança!

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