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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

Sobre o Blog / About the Blog - Link:

Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

domingo, 1 de julho de 2012

28/Abril/2011 - Aos Meus Saudosos Pais


     Dedico este texto aos meus amados e saudosos pais, Antonio e Conceição, que me criaram com toda a integridade e me ensinaram os importantes valores e bons princípios da vida. Entre tantas outras coisas boas, eles foram os principais responsáveis pela profissão que adoro, colocando-me aos 13 anos no meu excelente curso de inglês, ainda que não tivéssemos condições para isso.

                                                                         PAZ

       A primeira coisa que chamou a atenção dele foi o sol. Fazia tanto tempo que não saía para o sol. Era uma luminosidade suave, dourada, que envolvia tudo ao redor. E o calor morno na pele era tão agradável. Não havia nuvens no intenso azul do céu. Ele achou que jamais vira um céu tão azul e brilhante. Pombas esvoaçavam de maneira etérea, um tanto ao longe, alvas, graciosas, movendo lentamente as asas com plumas de aspecto tão macio. Seriam pombas, ou anjos?

     Ele começou a caminhar, hesitante em princípio, mas, de repente, percebeu que suas pernas estavam fortes, vigorosas, e não teve medo de andar. Sentiu um prazer absoluto em poder andar novamente, dar passos tão confiantes e firmes sobre a relva verdejante. Olhando ao redor, viu campos de trigo na distância, ondulando sob a brisa, serenos como os de sua infância, quando correra alegremente por entre suas fileiras douradas.
     Notou, então, que agora passava por fartos arbustos com flores em profusão, de todas as cores. Agachou-se para colher uma. Era tão perfumada! Mas o que surpreendeu mais foi sua agilidade. Foi tão fácil se mover para pegá-la! Tornou a sentir a fragrância, respirando fundo, deixando o ar inundar os seus pulmões. Como se sentia bem e disposto, robusto. Olhou para a flor de um amarelo delicado e foi quando viu... Suas mãos. Não estavam mais ossudas e engelhadas. Eram mãos jovens, firmes, saudáveis. Tão belas quanto a flor.
     Admirado e tomado por uma profunda paz, uma paz como nunca sentira antes, continuou caminhando, maravilhado com todos os detalhes, saboreando cada momento. Ouviu o murmurinho de água e não demorou a passar por uma cachoeira. Deteve-se para contemplar a água espumante que escorria por entre as rochas até uma lagoa cristalina. Aproximando-se, molhou os pés na beirada, deliciando-se com o frescor da água, deixando que todos os seus sentidos fossem acalentados pela beleza e tranquilidade ao redor. Continuou caminhando, então, ágil, mas com todo o vagar. Não havia pressa para nada. Tudo era tão convidativo ali.
     Foi naquele momento que a viu. Ela lhe acenava de leve, parada junto a uma árvore frondosa. Não lhe era estranha. Era jovem, bonita, cheia de vivacidade. Ele teve vontade de lhe dar a flor. A flor que segurava com notável firmeza em sua mão. Com passos determinados, mas calmos, prosseguiu enquanto ela lhe sorria e acenava. Ele estendeu a flor e também sorriu quando ela a pegou e suas mãos se tocaram.
     Era a sua amada Conceição.


P.S.: Em 2010, meu pai, que Deus o tenha, faleceu aos 82 anos em decorrência de complicações do Mal de Parkinson, depois de ter ficado vários meses entrevado numa cama, totalmente lúcido, um tormento para uma pessoa tão ativa como ele foi sempre. Mas o pai que guardo nas lembranças é aquele que estava sempre disposto e em constante movimento, trabalhando, vigoroso, cuidando de nós, sorrindo, aconselhando... Por isso tirei essa cena que descrevo acima puramente da minha imaginação romântica e, embora não entenda muito desses assuntos religiosos em geral, apesar de respeitá-los e desejar aprender sempre, me faz muito bem imaginar que os meus queridos pais se reencontraram em algum lugar exatamente assim.
This a text I wrote as a homage to my dad, Antonio, that died in 2010, as a victim of Parkinson, at 82. He has always been strong, active, and worked hard. In this text, I describe how I imagine what he felt when he got to "the other side", being able to feel strong and young again, breathing fresh air, feeling the sun touching his skin, admiring the natural beauty around. Then, picking a yellow flower and giving it to my late mom, that was there, very young too, waiting for him.

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Aqui estamos meu irmão, eu, aos 3 anos, e a nossa mãe, Conceição,
numa foto que uma prima me deu recentemente.

Essa foto contém uma mensagem no verso da minha mãe,

em 1968, quando enviou a foto de Portugal para seus

tios, no Brasil. É uma mensagem tão inocente, dizendo

que envia a nossa foto com amor, mencionando o lugar

onde estamos e acrescentando que estava ventando

muito, para explicar o desalinho (que nem noto) do

cabelo. É tão melancólico, mas ao mesmo tempo incrível olhar

para a letra da minha saudosa mãe, para as palavras

que escreveu num dado momento no tempo, palavras

que estão eternizadas numa foto gasta,

palavras da minha mãe. Nem sei descrever direito o que

sinto ao olhar bem para essas palavras simples e inocentes

com uma caligrafia bonita, mas denotando o pouco estudo que

ela sempre lamentou ter tido. Palavras da minha mãe... é

uma emoção realmente estranha... mas muito, muito boa.

     In this picture, we see my brother, me, at 3 years old, and our mom, Conceição, in a picture that a cousin gave me recently. This picture has a message in the back that was written by my mom, in 1968, when she sent the photo from Portugal to her uncle and aunt, in Brazil.
      It’s such an innocent message, saying that she’s sending our photo with love, mentioning the place where we are, and adding the day was very windy, to explain why her hair is dishevelled (a detail that I don’t even notice). There’s such a melancholic but at the same incredible feeling, when I look to my late mom’s writing, to the words she wrote in an certain moment in time, words that are eternalized in an worn picture, words from my mom…
      I don’t even know how to describe exactly what I feel when I look hard to these innocent, simple words, in beautiful writing, but showing the little instruction that she has always regretted she had. Words from my mom… it’s a really strange feeling… but very, very good.



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28 de abril de 2012

Feliz Aniversário, Blog! (1 ano!)



     Criei o meu blog exatamente no dia 28/04/2011 como um projeto muito especial para mim. Depois de 20 anos trabalhando como tradutora, tive a ideia de criar um blog para comentar minhas traduções e dar dicas de tradução a quem se interessasse. Também sempre adorei livros e sonhei em escrever alguma coisa algum dia. O blog foi uma forma que encontrei de escrever os meus textos e, como digo, “brincar” de escritora.
     Desde que o criei, o blog, que vive em constante evolução, passou por uma transformação total, embora o conteúdo inicial tenha permanecido o mesmo. No início, a página principal era sobre as traduções e eu escrevia os meus textos em algumas das páginas adicionais. Então, me ocorreu que deixaria o blog mais interessante se fosse publicando os meus textos na página inicial. Daí mudei tudo de lugar, coloquei os comentários sobre os livros numa página adicional e batizei o blog de “Aprendizes de Escritores”. Não é um blog onde ensino técnicas de escrita, como os blogs convencionais desse tipo. É um blog através do qual acho que eu mesma aprendo a escrever. Eu sou a aprendiz de escritora e espero poder passar alguma coisa através dos meus textos para outros aspirantes a escritor, nem que seja no mínimo o encorajamento.
     O blog também se destina a visitantes em geral que simplesmente queiram se entreter com seu conteúdo.
     É com orgulho, portanto, que comemoro o aniversário dele e agradeço de coração aos seguidores e visitantes.




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23 de Abril de 2012

Dia Mundial do Livro



     Desde pequena, os livros sempre foram e continuam sendo meus companheiros inseparáveis. Já perdi a conta de quantos li, viajando por inúmeras páginas recheadas de vários tipos de histórias e gêneros. Também gosto de livros de autoajuda, que nos fazem sentir realmente bem, como se fizéssemos uma terapia personalizada.
     Quando leio, mergulho na história e aquele livro passa a fazer parte dos meus pensamentos diários, como se eu estivesse assistindo aos capítulos de uma novela, querendo saber o que vai acontecer em seguida.
     Quando estou lendo um livro, não penso mais nada, esqueço as preocupações e problemas, e me distraio através dessa que também é uma forma interessante de lazer.
     Claro que os livros devem ser sempre vistos como companheiros, não como uma fuga à realidade ou um tipo de isolamento das demais pessoas. Podem até nos acompanhar num passeio para lermos uma página ou outra num momento de descanso, mas temos de desfrutar os outros tipos de lazer. Não vamos passar o dia inteiro lendo, temos outras coisas para fazer.
    Mas se há uma coisa prazerosa é desfrutarmos aquele tempo que podemos dedicar à leitura.
    No meu caso, os livros também se transformaram em companheiros de trabalho porque, há mais de 20 anos, são os originais da traduções que faço. É mais um motivo de eu adorar tanto o meu trabalho, pois acabo me aprofundando muito mais nesses livros do que se fosse uma leitura normal e me empenho para que o resultado final não deixe nada a desejar.
    Apesar de toda a bem-vinda tecnologia de hoje, que me ajuda muito em pesquisas e estudos, prefiro o livro de papel aos e-books quando se trata da leitura como lazer. Adoro andar por feiras de livros, livrarias e garimpar no sebo, olhando capas de livros, folheando páginas. Quando leio, gosto de pegar o livro de papel nas mãos, de folheá-lo, de descansar os olhos de telas eletrônicas e me ajeitar o mais confortavelmente possível enquanto deixo a imaginação navegar por mais uma história.
     No dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro, através do meu blog Aprendizes de Escritores, onde também estou aprendendo a escrever, faço a minha homenagem a esse companheiro inestimável, o livro. tj*¬
  
P.S.: Não podemos esquecer que milhões de pessoas no nosso país e no mundo não têm acesso nem a livros de papel quanto mais a e-books. Jamais podemos considerar bibliotecas públicas ou sebos como obsoletos. Temos de divulgar iniciativas como as bibliotecas itinerantes, as promoções de livros das livrarias e as campanhas de doação de livros, doando livros sempre que pudermos.

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Bem-Vindos também às Páginas Adicionais deste Blog.
Be Welcomed also to the Additional Pages of this Blog.


Blog criado em 28/04/2011
Blog created on 04/28/2011


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