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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

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Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
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Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

domingo, 1 de junho de 2014

A Boa e Velha Máquina de Escrever


     A máquina de escrever foi inventada na década de 1860, depois de terem sido criados mecanismos primitivos iniciais de escrever mecanicamente e apresentados vários protótipos. Desde então, a máquina de escrever manual ou mecânica passou por muitos aperfeiçoamentos e, no início e final dos anos 1900 respectivamente, os modelos elétrico e eletrônico também foram lançados.
     Comecei a trabalhar numa firma quando tinha 16 anos como auxiliar de escritório e datilógrafa, e a máquina de escrever continuou a ser minha companheira de trabalho durante alguns dos anos seguintes como secretária executiva, até que tive um computador para usar. Vinte e três anos atrás, quando comecei a trabalhar como tradutora freelancer em casa, também usava uma máquina de escrever. Naqueles tempos, computadores pessoais eram raros e um luxo caro.
     Havia cursos de datilografia, e datilógrafos eram valorizados e requisitados por sua velocidade ao teclado. Era incrível ter uma máquina de escrever e usá-la, embora não possamos comparar todos os recursos disponíveis agora com o advento dos processadores de texto. É até engraçado pensar em todos os “truques” que tínhamos para apagar as letras ou palavras com erro de datilografia. Havia o lápis borracha e vários tipos de borracha que não ajudavam lá muito. Tínhamos o corretivo branco líquido, o famoso “branquinho”, para cobrir as letras erradas e aquele cartãozinho branco para inserirmos na máquina e datilografar a letra correta de novo por cima da errada e, assim, cobri-la. Os resultados não eram tão bons. Sem mencionar as cópias feitas com carbono. Finalmente, tivemos um modelo de máquina de escrever eletrônica com sistema próprio de correção, porém mais acessível a empresas.
     Assim, em termos de produtividade, estamos muito mais avançados, evidentemente. Nem sequer nos importamos mais quando digitamos algo errado porque a correção é fácil demais, se bem que a velocidade na digitação continua sendo importante. O teclado “QWERTY” continua sendo o mesmo, naturalmente. Foi estabelecido em termos gerais como o teclado padrão para máquinas de escrever e processadores de texto, embora seu desenho tenha variações em alguns idiomas. Desse modo, a transição da máquina de escrever para o processador de texto foi fácil para os antigos datilógrafos e bem-vinda.
     Traduzir com uma máquina de escrever era um desafio, porque uma vez que o texto estava datilografado, mudanças e ajustes eram difíceis, e o mesmo se aplicava a escritores. Agora, com o processador de texto, posso traduzir um livro, revisá-lo e alterar facilmente as coisas necessárias na tradução quantas vezes quiser. Posso escrever meus artigos com a mesma facilidade.
     Talvez um dia, os processadores de texto fiquem obsoletos e todos terão simplesmente de falar com uma máquina, para que ela produza a digitação através da voz, ou algo parecido. Espero que não (A não ser nos casos como aqueles em que essa tecnologia já está sendo usada para ajudar pessoas com deficiência.) Porque não podemos parar de usar as mãos, ou corremos o risco de atrofiá-las com a evolução. Adoro escrever com uma caneta e faço isso sempre que tenho a chance, e gosto de digitar no processador de texto com todos os meus dedos. Não apenas com os polegares, como fazemos agora nos celulares e outros aparelhos eletrônicos pequenos.
     A tecnologia é muito bem-vinda, mas sempre deve ser usada para ajudar o homem, não substituí-lo (a não ser em situações muito perigosas), e não para incapacitá-lo em certos aspectos.

De qualquer modo, voltando à máquina de escrever, ela certamente tem um quê nostálgico para mim. Ainda tenho uma máquina de escrever pequena dos bons e velhos tempos que guardo como recordação.

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