Não importando qual a
religião, acredito que ela é muito importante na nossa vida, mas sem fanatismo,
com toda a naturalidade e espontaneidade. É gratificante fazer parte de uma
comunidade espiritual, com a qual oramos e nos sentimos integrando uma família
maior que a nossa.
No meu caso, vou à missa nos
finais de semana, ou passo na igreja para rezar um pouco após minhas caminhadas
(há também uma sensação de paz incrível numa igreja vazia). E quando a missa
termina, me sinto renovada, tomada por uma sensação muito boa. Sei que podemos
rezar a qualquer momento e em qualquer lugar e que Deus está em toda a parte,
mas quando se reserva essa hora por semana, além dos demais momentos, há algo
de muito especial nisso. É um meio de unirmos nossas vozes, nossa fé, nossos
sentimentos e esperanças e nos colocarmos humildemente perante Deus, como se
Lhe disséssemos que Ele é realmente fundamental para nós.
Quando rezo diante de uma
imagem, não estou rezando para aquela peça de resina, madeira, gesso, ou outro
material. Estou, sim, rezando para Deus, Jesus, os Santos da minha devoção, São
Miguel Arcanjo, Nossa Senhora, os anjos. Falando em Nossa Senhora, em todas as
representações e aparições, ela é a mesma: a mãe de Jesus. Tenho um carinho
especial por Nossa Senhora de Lourdes. Foi na Igreja Nossa Senhora de Lourdes,
que a minha saudosa mãe frequentava muito, que fui batizada e fiz a minha
Primeira Comunhão.
A meu ver, rezar desse modo
não é idolatria, pois essas imagens físicas são como fotografias. É como se,
apesar da nossa fé, de acreditarmos no que não podemos ver, também sentíssemos
a vontade de tocar, enxergar algo. É como se eu olhasse para a foto de alguém
muito querido, que sei que existe, mas está distante fisicamente, alguém por
quem, desse modo também, gosto de expressar meus sentimentos. É também mais ou
menos algo como
olhar para uma linda paisagem e pensar
em Deus.
A religião, lamentavelmente
também motivo de tanta discórdia, deve ser respeitada de acordo com a crença de
cada pessoa. Mas se uma pessoa faz a sua própria religião, a seu jeito, é
igualmente válido. O que realmente importa é a índole das pessoas, seu coração,
seu amor ao próximo, suas atitudes, sua postura na vida. Tenho profundo respeito e admiração por
todas as religiões e crenças bem-intencionadas, que pregam e seguem os
princípios do bem, que promovem a união entre os povos, que veem a humanidade
como uma grande irmandade.
Entre Deus e seus filhos não
existe essa questão de religião certa ou errada, todas as que seguem
verdadeiramente os preceitos Dele e da bondade são válidas. Cabe a cada pessoa
escolher aquela com a qual se identifica mais. E se não se identifica com
nenhuma, tudo bem. Bastam ela e Deus (e como é Deus para ela).
Uma pessoa pode contemplar Deus
na Natureza, no convívio com os amigos e familiares, no sorriso das crianças,
enfim, reverenciá-Lo da maneira como se sentir melhor. Do mesmo modo que temos
de cuidar da nossa saúde física e mental, temos de cuidar da espiritual e
lembrar sempre que todos fazemos parte dessa mesma energia incrível que pulsa
no Universo.
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